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Michelangelo e sua obra
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Poucas pessoas se projetaram na posteridade com a grandeza de Michelangelo. E poucas correspondem tão bem à imagem que se faz de um gênio. Michelangelo Buonarroti, nasceu em Caprese, vizinhança de Florença em 1475. Na escola, só pensava em desenhar, provocando a ira da família que desprezava a profissão de artista. Acabou vencendo e aos treze anos tornou-se aprendiz de estúdio de Domenico Ghirlandaio. Mas a pintura não o agradava e ingressou na escola de escultura de Lourenço de Médicis, que o hospedou em seu palácio. Convivendo com a elite nobre e intelectual, deixou-se empolgar pela idéias do Renascimento italiano. Escultor, pintor, arquiteto e poeta, teve uma grande paixão: a escultura. Talvez porque o mármore fosse melhor para modelar suas monumentais figuras e onde podia dar asas ao seu entusiasmo e usar sua força física que com um só golpe de martelo conseguia deixar o bloco de mármore quase na medida apropriada. Em 1501, quando começou a trabalhar na estátua de Davi, o jovem herói bíblico que venceu o gigante Golias, tentou expressar seu ideal de beleza física, criando uma figura na plena exuberância de suas formas. Em 1505, partiu para Roma atendendo um convite do Papa Júlio II, que lhe encomendou a reconstrução da Catedral de São Pedro e a construção do seu mausoléu. Michelangelo foi pessoalmente a Carrara, escolher os mármores mas logo que começou o trabalho, desentendeu-se com o Papa e foi para Florença. A desavença logo terminou e ele voltou a trabalhar no mausoléu e realizou uma de suas maiores obras ?Moisés?. Para o mesmo trabalho esculpiu os dois célebres ?Escravos?. A obra ficou inacabada e sobre ela ele comentou aos sessenta e sete anos: acho que perdi toda minha juventude ligado a ela. Em Florença 1523 a 1534 esculpiu as estátuas de Juliano e Lourenço de Médicis. Mas o tema da Virgem Maria envolvendo o filho morto ?Pietá?, foi o mais querido, pois o repetiu quatro vezes. Em 1508 o Papa Júlio II, encarregou-o de decorar a Capela Sistina. Mesmo reclamando que não era pintor, durante quatro anos trabalhou o suficiente para criar trezentas figuras na abóboda de quarenta metros de largura por treze de altura. Criou episódios do Gênesis. Todo o conjunto é original e novo expressando um mundo terreno, ao alcance dos sentidos humanos. Entre 1534 e 1541, pintou um grande afresco na parede do altar da Capela Sistina ?O Juízo Final? onde todos os personagens estavam nus. Provocou tanta controvérsia que o Papa Paulo IV, pensou em destruir a obra, mas contentou-se em velar os nus mais ousados. A arquitetura também era sua paixão, em 1520 planejou o edifício e o interior da Capela de São Lourenço. Em 1535, passou a ser arquiteto, escultor e pintor do Palácio Apostólico e replanejou a Colina do Capitólio em Roma. Em 1552, iniciou a reconstrução da Catedral de São Pedro, mas só viveu para ver concluída sua cúpula. Morreu em Roma em 1564, um homem feio, que expressou em suas obras, toda sua beleza interior.
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