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Curriculo ESCOLAR
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Autor : GOODSON, Ivor F.SACRISTÀN, A. J.SILVA, Tomaz Tadeu da; Palavras : 900 Publicado em : 13/01/2010
CURRICULO ESCOLAR
Autor: Michelle Pereira Kaiser
O Currículo Escolar é um elemento importante para o planejamento do professor, pois pode organizar os conteúdos e as atividades, contudo ele é um recurso para o educador e não uma lei rígida ou um mandamento a ser seguido metodologicamente, ele pode ser usado como um norte para a práxis pedagógica, com flexibilidade de ajustes para melhor atender as necessidades dos educandos.
Sendo que, cada instituição pode construir o seu currículo, ou este fazer parte da rede escolar, podendo usar os livros didáticos no auxilio desta construção.
A origem da palavra currículo ? currere (do latim) ? significa carreira, por isso ele é uma caminhada dentro do processo ensino e aprendizagem, que vai ajustando os conteúdos a realidade dos educandos. Ele não é único no nosso país, mas os Parâmetros Curriculares Nacionais oferecem uma sugestão, uma forma de definição das disciplinas e distribuição dos conteúdos entre os componentes curriculares propostos. Devido à dimensão territorial e à diversidade cultural, política e social do país, nem sempre os Parâmetros Curriculares chegam às salas de aula. Não se separa conteúdos de processo de instrução, ou seja, ação em desenvolvê-lo em consonância com atividades práticas.
Segundo Sacristàn (1998, p. 120):
Sem conteúdo não há ensino qualquer projeto educativo acaba se concretizando na aspiração de conseguir alguns efeitos nos sujeitos que se educam (...)quando há ensino é porque se ensinam algo ou se ordena o ambiente para que alguém aprenda algo (...) a técnica de ensinar não pode preencher todo o discurso didático evitando problemas para o conteúdo colocado.
Retirado de "http://wiki.educartis.com/wiki/index.php?title=Curr%C3%ADculo_escolar"
Assim, a educação pode ser compreendida como sendo uma atividade expressa de formas distintas onde tanto o conteúdo programático e a didática usada possam transformar o currículo em uma ação que produza a aprendizagem.
Defini-lo não é uma tarefa muito fácil, mas é importante na produção de novas subjetividades no mundo contemporâneo. Daí o entendimento do currículo escolar como um caminho, um curso ou uma listagem de conteúdos que devem ser seguidos (GOODSON, 2005). Nessa perspectiva, o termo está intimamente vinculado à idéia de seqüencialidade e de prescrição.
Em relação à idéia de transitoriedade Silva (2005) na apresentação do livro de Goodson diz que:
Uma história do currículo tem que ser uma história social do currículo, centrada numa epistemologia social do conhecimento escolar, preocupada com os determinantes sociais e políticos do conhecimento educacionalmente organizado. Enfim, tem que descobrir quais conhecimentos, valores e habilidades eram considerados verdadeiros e legítimos numa determinada época, assim como determinar de que forma essa validade e legitimidade foram estabelecidas. (SILVA 2005, p.10-11)
Em Silva (2005) encontra-se a idéia de vários currículos constroem sujeitos também diferentes sendo diferenças sociais:
Diferentes currículos produzem diferentes pessoas, mas naturalmente essas diferenças não são meras diferenças individuais, mas diferenças sociais, ligadas à classe, à raça, ao gênero. Dessa forma, uma história do currículo não deve ser focalizada apenas no currículo em si, mas também no currículo como fator de produção de sujeitos dotados de classe, raça, gênero. Nessa perspectiva, o currículo deve ser visto não apenas como a expressão ou a representação ou o reflexo de interesses sociais determinados, mas também como produzindo identidades e subjetividades sociais determinadas. O currículo não apenas representa, ele faz. É preciso reconhecer que a inclusão ou a exclusão no currículo tem conexões com a inclusão ou exclusão na sociedade. (SILVA, 2005, p.10)
Então o currículo é importante para o trabalho do educador, pois ele possibilita a construção do saber, mas não somente cientifico, também inclui-se o social.
O currículo é composto por quatro elementos: objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação. Sendo que os objetivos são compreendidos como sendo as competências e as capacidades. Os conteúdos como sendo conceitos, procedimentos e atitudes. A metodologia como sendo técnicas, atividades, recursos e organização. A avaliação é vista como controle e reformulação do processo ensino e aprendizagem.
Em termos de subdivisões da tarefa de planejamento, o professor pode se guiar pelas seguintes fases:
Finalidade ou propósito educativo: um enunciado geral sobre as intenções educativas; afirmações de princípios através das quais o grupo veicula seus valores.
Metas educacionais: definem, de uma maneira geral, as intenções perseguidas por uma instituição, grupo ou indivíduo mediante um programa ou uma ação educativa determinada.
Objetivos gerais: descrevem em resultados esperados de uma seqüência de ensino-aprendizagem que podem ser finais ou intermediários (de acordo com sua função); por ter elevado nível de abstração, torna-se necessário a formulação de:
Objetivos concretos de aprendizagem: definidos como enunciados relativos a mudanças válidas, desejáveis, observáveis e duradouras no comportamento dos alunos.
Objetivos específicos/operacionais: que surgem da divisão de um objetivo geral nos objetivos específicos necessários a uma concretização bem sucedida.
Objetivo instrucional: designa um enunciado preciso sobre essas intenções.
Assim, este estudo sobre currículo possibilita a compreensão da diversidade, onde rompendo com a hierarquização não mais se compromete com o poder de diferenciar, de discriminar, de excluir.
REFERÊNCIAS
GOODSON, Ivor F. Currículo: Teoria e História; tradução de Attílio Brunetta; revisão da revisão da tradução: Hamilton Francischetti; apresentação de Tomaz Tadeu da Silva ? Petrópolis, RJ: Vozes, 7 ed., 2005.
SACRISTÀN, A. J. Educação, sujeito, história. 1º ed. São Paulo: Olho D?Agua, 2002.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Os novos mapas culturais e o lugar do currículo numa paisagem pósmoderna. In: SILVA, Tomaz Tadeu da; MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Territórios contestados. Petrópolis: Vozes, 2004.
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