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A motivação do aluno: Aspectos introdutórios
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José Aloyseo Bzuneck inicia o texto fazendo uma visão panorâmica dos estudos sobre motivação e de seus principais componentes. Ele apresenta a origem etimológica da palavra ?motivação? e a define como sendo o motivo, aquilo que move uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar de curso. Continuando no texto, explica-se que a motivação é tida ora como um fator psicológico ora como um processo. Independentemente de como ela é considerada, é certo que a motivação leva a uma escolha, instiga, faz iniciar um determinado comportamente e assegura sua persistência. Ao se referir à motivação no contexto escolar, Bzuneck afirma que a motivação do aluno está relacionada com trabalho mental, já que as atividades escolares são de máxima natureza cognitiva. Na seqüência do texto, especifica-se os efeitos da motivação do aluno. Existem dois níveis distintos de efeitos, os efeitos imediatos e os efeitos finais. Os efeitos imediatos consistem no envolvimento ativo do aluno em tarefas pertinentes à aprendizagem. Discute-se sobre motivação positiva e o autor do texto diz que a qualidade do envolvimento deve ser a mais alta possível pois ela implica no emprego de estratégias de aprendizagem e de gerenciamento de recursos. Os efeitos finais são os conhecimentos construídos e habilidades adquiridas, ou seja, a motivação ?assegura a ocorrência de produtos de aprendizagem ou tipos de desempenho socialmente valorizados?. Adiante no texto são discutidos os problemas de motivação nos alunos. Bzuneck deixa claro que sem motivação não ocorre aprendizagem na escola e por isso a motivação tem sido muito debatida no contexto escolar. Ele afirma que professores de todos os níveis escolares queixam-se de alunos desmotivados e atribuem a essa desmotivação a causa do fracasso de seus alunos. O texto afirma que é preciso ter cautela com essa causalidade porque muitas vezes comportamentos desejáveis nas aulas podem mascarar problemas de motivação enquanto que um mau rendimento nem sempre é causado por problemas motivacionais. Desse modo, o autor propõem que para identificar esses problemas de motivação parece adequado considerar a motivação do aluno sob dois aspectos: o quantitativo e o qualitativo. A motivação pode ser maior ou menor, e esse seria seu aspecto quantitativo. Todavia, não se deve pensar que quanto mais intensa a motivação, melhor. Uma motivação muito intensa pode ser extremamente prejudicial ao desempenho do aluno, pois provoca fadiga e ansiedade. Bzuneck atesta que o melhor são níveis adequados de intensidade da motivação, nem muito intensos, nem muito fracos. Quanto ao aspecto qualitativo da motivação, Bzuneck afirma que seria o motivo pelo qual o aluno está motivado. Seja pelo prazer em aprender, seja por razões errôneas, como preocupação com notas, diplomas, certificados ou estímulos externos. Para o autor do texto, a melhor motivação no sentido qualitativo seria aquela que fosse causada pela gratificação em si por aprender. O texto faz ainda um panorama sobre as tendências modernas da pesquisa sobre a motivação e, em síntese, alega que ?as abordagens ou as teorias sobre a motivação do aluno têm dado especial destaque aos componentes cognitivos ou pensamentos, como metas, crenças, atribuições, percepções, ressaltando-se entre elas as percepções de competência e as crenças de auto-eficácia, portanto, variáveis ligadas ao self.? Em seguida o texto discorre sobre o papel do professor e da escola na motivação do aluno e explica que os problemas de motivação, apesar de surgirem no aluno, não especificamente do aluno, podendo ser causados (muitas vezes, se não na grande totalidade delas) por condições ambientais. Bzuneck afirma ainda que são duas e complementares as funções do professor quanto à motivação do aluno: a de recuperar alunos com motivação distorcida e a de manter permanentemente a sua turma com um bom nível de motivação, evitando que ela se distorça, e que desse modo os professores deveriam estimular o alunos a desenvolverem sua motivação intrínseca, ou seja, a valorizar o aprender como um objetivo pessoal, independentemente de motivadores extrínsecos. É preciso que os professores tenham consciência de que podem influenciar na motivação dos alunos e que a motivação dos alunos é influenciada pela dos professores. É necessário, também, que o professor tenha consciência de que só elogiar ou proporcionar aos alunos um ambiente de sala agradável não melhora, necessariamente, a motivação deles. ?Os alunos precisam ser motivados para tarefas significativas, desafiadoras, mesmo que sejam árduas, não prazerosas, exigentes e sob cobrança externa?, afirma Bzuneck. É pontuado ainda que as diferentes técnicas de motivação atuam de modo interdependente, ou seja, funcionam em conjunto, e que o envolvimento da escola como um todo para proporcionar a motivação positiva dos alunos é um facilitados, se não um elemento crucial, para o desenvolvimento da motivação do aluno, e que ?as reações dos próprios alunos, sobretudo em termos de envolvimento com a aprendizagem, resultarão de suas percepções do tipo de cultura da sua escola e não apenas do que faz cada professor em classe?.
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