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A evolução da teoria social cognitiva


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Bandura inicia o texto afirmando que a teoria social cognitiva adota a perspectiva de sujeito agente, ou seja, nessa teoria considera-se um sujeito que influencia intencionalmente o funcionamento e as circunstâncias de sua vida. Partindo desse princípio, o texto discorre sobre as características dessa agência humana, sendo elas principalmente três: a intencionalidade, a antecipação e a auto-regulação. Bandura escreve que os sujeitos ?formam intenções que incluem planos e estratégias de ação para realizá-las?, criam objetivos para si mesmas e antecipam os resultados prováveis de suas ações e, por fim, auto-investigam e auto-avaliam suas ações e seu funcionamento. Outro aspecto discutido por Bandura é o de a teoria social cognitiva considerar a agência pessoal e a estrutura social como assuntos conectados e influenciados de modo recíproco.

Mais adiante no texto, é discutido o conflito das idéias de modelação social e o pensamento behavorista. Bandura escreve que nos estudos da aprendizagem pesava-se que só se aprendia por meio dos efeitos dos próprios atos, ou seja, não havia aprendizagem por observação, apenas por experiência própria. Bandura contesta essa posição, afirmando que muito do aprendizado é feito a partir do contexto social em que vivemos, por observações, além de experiências.

Em seguida, Bandura tenta corrigir muitas concepções errôneas sobre a modelação. A primeira delas é a de que a modelação é uma simples imitação. Essa concepção é rebatida com a afirmação de pesquisas que revelaram que quando um indivíduo aprende o ?princípio condutor? ele pode usá-lo para produzir novas versões do comportamento que observaram, muitas vezes o adaptando e o inovando. A segunda concepção equivocada é a de que a modelação é oposta a criatividade. Ela é rebatida com o argumento de que a ?inovação pode emergir por intermédio da modelação?, ou seja, a partir de um modelo os sujeitos podem adaptá-lo e aplicá-lo de diferentes formas em diferentes situações. Um outra concepção equivocada discutida no texto é a de que processos cognitivos (de pensamento, e por isso encobertos) não poderiam ser aprendidos por modelação. Essa concepção é contra-argumentada a partir do conceito de modelação verbal, ou seja, explicitação desse processo cognitivo por verbalização.

Em seguida, o texto discorre brevemente sobre o alcance e a força da modelação simbólica. Bandura afirma que, a partir do avanço dos meios de comunicação (televisão, internet), a força e o alcance da modelação foram ampliados. São dados exemplos de países que usaram os meios de comunicação como meios de transmitir modelos em massa e dos benefícios que foram colhidos com isso.

Na seqüência do texto, é exposto o exercício da agência por meio de capacidades de auto-regulação. O texto discorre sobre como os sujeitos agentes usam a auto-regulação para agir. É explicitada a interação entre ambiente e ação humana, de modo que o sujeito não é completamente determinado pelo ambiente, mas pode atuar sobre ele. Bandura diferencia três formas de condições ambientais: as impostas (determinadas pelo ambiente), as selecionadas (parcialmente trabalhadas pelo indivíduo no sentido de que ele as selecionou, escolheu) e as criadas (condições ambientais criadas pelo indivíduo, ou seja, as oportunidades por ele criadas). Bandura ainda discorre sobre as ocorrências fortuitas e como os sujeitos podem atuar sobre elas e sobre os distúrbios sociais que o desengajamento da auto-regulação pode causar.

Bandura continua o texto fazendo histórico sobre as dificuldades de aceitação que a sua teoria encontrou. Em seguida é feita a reflexão sobre os três tipos de agência considerados na teoria: a agência individual, delegada e coletiva, e o texto é concluído com uma reflexão sobre o processo de construção de teorias, processo esse longo e repleto de regressos. Bandura ressalta, no fim, que uma teoria não deve ser só explicativa, mas proporcionar alguma melhora social.



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