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Capitães da Areia é um grupo, onde as ações são em torno de todos. Pedro Bala, o líder do bando, não é mais importante para o enredo do que o Sem-Pernas ou o Gato. Pode-se dizer que ele é o líder do bando, mas não do romance. O protagonista desta obra é a coletividade, cada indivíduo do grupo faz parte deste núcleo maior que forma os Capitães da Areia. PEDRO BALA ? líder dos Capitães da Areia tem o cabelo loiro e uma cicatriz de navalha no rosto, fruto da luta em que venceu o antigo comandante do bando.
SEM-PERNAS ? deficiente físico possui uma perna coxa. Preso e humilhado por policiais bêbados, que o obrigaram a correr em volta de uma mesa na delegacia até cair extenuado. GATO ? é o galã, bem-vestido, trapaceador, com seu baralho marcado. Além dos furtos e do jogo, Gato consegue dinheiro como cafetão de uma prostituta chamada Dalva. PROFESSOR ? intelectual, começou a ler depois de um assalto em que roubara alguns livros. Aconselha Pedro Bala, no planejamento dos assaltos.
PIRULITO ? cruel, até que, tocado pelos ensinamentos do padre José Pedro, converte-se à religião. Rouba o necessário para sobreviver, mas sempre rezando, fé em Deus.
BOA-VIDA ? indolente e sossegado, de pequenos furtos.
JOÃO GRANDE ? corajoso e de grande estatura. Protege os novatos do bando contra atos tiranos praticados pelos mais velhos.
VOLTA SECA ? admirador do cangaceiro Lampião, a quem chama de padrinho, sonha um dia participar de seu bando.
DORA ? Ao chegar ao trapiche abandonado, onde os garotos dormem Dora quase é violentada, mas, tendo sido protegida por João Grande, o grupo a aceita, primeiro como a mãe de que todos careciam depois como a valente mulher de Pedro Bala.
PADRE JOSÉ PEDRO ? padre de origem humilde, discriminado por não possuir a cultura nem a erudição dos colegas, de crença religiosa sincera.
QUERIDO-DE-DEUS ? capoeirista respeita o grupo liderado por Pedro Bala e é respeitado. Ensina e exerce grande influência sobre os garotos. O romance mostra a rotina de um grupo de meninos pobres, assaltos e a inocência de criança. A história inicia com uma notícia sobre um assalto á casa de um rico negociante, onde aparece como suspeito o bando Capitães da Areia. Após surgem cartas que foram enviadas ao jornal, demonstrando opiniões dos leitores sobre o acontecido, de razão social, política, e o descaso com os meninos abandonados O romance é narrado na terceira pessoa, por um narrador onisciente. Os assuntos abordados são a carência dos meninos abandonado e o desamparo social, ausência da mãe, que transformam Dora em um modelo de mãe para cada membro do bando. No artigo de Fábio Lucas ?A contribuição Amadiana ao romance social brasileiro? mostra as questões sociais, não somente no Nordeste, mas presentes em todo o Brasil. Jorge Amado tratava importantes situações do povo brasileiro em suas obras, com o intuito de alertar e chamar atenção aos nossos erros cometidos. A necessidade de atenção das autoridades capazes de colocar uma posição, em qualquer forma de preconceito. De alguém capaz de guiar estas crianças em um caminho sem roubo, revolta, fome, e com amor, cultura e dignidade. Este romance de Jorge Amado é necessário ontem, hoje e amanhã, por ser um tema que nunca sai de moda. Tema este, do Brasil dos excluídos, da sociedade social, política e cultural.
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