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Resumo: Como lidar com pessoas difíceis
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Resumo: Como lidar com pessoas difíceis Por Júlia Melo da Silva Santos, e Juruti (Especialista em Supervisão Educacional e Psicopedagogia). Resumo de: Psicologia do Desenvolvimento Humano, de Biaggio, 1996.
Em: 23 de junho de 2009
Lidar com pessoas difíceis é uma tarefa que exige competências pessoais, como respeito às diferenças, domínio próprio e espírito de liderança. É importante não esquecermos que o comportamento das pessoas é resultado de suas respectivas histórias de vida. Sendo assim, para que seja possível diminuir os conflitos na interação social, familiar, no trabalho ou em outros espaços da vida cotidiana, se faz necessário que alguém assuma a liderança e este alguém seja capaz de respeitar os demais, favorecendo assim a construção de um relacionamento pautado no respeito mútuo e na tolerância recíproca. Se, refletir sobre a questão de como lidar com pessoas difíceis fosse fácil, poderíamos fechar a reflexão já no parágrafo acima, no entanto, a questão é bastante complexa e exige a leitura de alguns teóricos que tratam do comportamento humano. Vejamos a análise de Biaggio fazendo uso de Bandura:
Segundo Bandura (1973), questões éticas tornam-se irrelevantes quando o sujeito escolhe seus próprios objetivos. Assim, uma pessoa cujos comportamentos agressivos lhe causem dificuldades nas relações sociais poderia procurar o terapeuta, solicitando um tratamento que reduza os comportamentos agressivos. Já uma pessoa cujos problemas sejam os de não saber se afirmar nem reagir ao ponto de ser explorada por outras pessoas poderá pedir um tratamento em que comportamento de auto-afirmação e mesmo comportamentos agressivos adequados à situação sejam fortalecidos. (BIAGGIO,1996,p.205).
De acordo com esses teóricos (Bandura e Biaggio), existem dois grupos de pessoas difíceis, o primeiro é daquelas que se relacionam mal com as outras pessoas, usando de seu comportamento agressivo, o que lhes causa dificuldade nas relações sociais e recebem o estereótipo de pessoas difíceis, acabando por não serem bem aceitas nos grupos de convivência. O segundo grupo é das pessoas que têm dificuldade de auto-afirmação, estes por sua vez, por timidez ou comportamento de subserviência também acabam trazendo dificuldade aos relacionamentos, visto ser o homem, um ser de comunicação. Assim comenta Muramoto:
Trabalhadores que não se comunicam horizontalmente, para a reflexão de sua prática profissional, tendem a uma visão parcial, truncada, do processo de trabalho, perdendo a possibilidade de controle sobre este processo. (Muramoto,1991,p.41). Em qualquer espaço onde o ser humano interage com seus semelhantes, como é o caso do espaço de trabalho, a comunicação se faz primordial para que o ambiente seja de boa relação. A dificuldade de relacionamento se desfaz ante ao poder da comunicação. Esta comunicação precisa ser, no entanto, uma comunicação respeitosa, onde a liderança se coloca a serviço de um relacionamento cada vez melhor, onde se exclui o autoritarismo. Lidar com pessoas difíceis exige habilidade comunicativa, competência técnica, e como já afirmamos anteriormente é indispensável espírito de liderança. Para o autor do livro O Monge e o Executivo, ?liderar não é ser chefe. Liderar é servir. Embora servir tenha uma conotação de fraqueza para alguns, a liderança servidora pode ter um impacto positivo em nosso desempenho? (HUNTER,2004,p140). Para nós, tanto as pessoas consideradas difíceis por causa da agressividade com a qual agem no convívio social, quanto as pessoas que agem de forma apática, tímida, que pouco se comunicam, se deixam explorar e também dificultam a relação social, precisam de orientação de alguém mais experiente, no próprio ambiente onde ocorre a relação, capaz de estimulá-las a uma nova maneira de se relacionarem nos diferentes grupos aos quais fazem parte.
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