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Paradigmas em EDUCAÇÃO no Novo Milênio
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Coordenador pedagógico, o autor, ao dedicar seu tempo ao Mestrado em Educação na Universidade Católica de Brasília, elaborou uma pesquisa com duas turmas semelhantes entre si sendo que uma permaneceu com o método do 'velho paradígma' e a outra recebeu um plano de trabalho de professores e alunos, a que ele deu o nome de "Novo Paradígma". Na avaliação realizada quatro meses depois observou que houve uma mudança comportamental e de atitudes tanto dos alunos quanto dos professores com significativa satisfação, enquanto que a que não recebeu esse tratamento diferenciado permaneceu sem alteração. Mas tudo passa pela vontade política para entrar em vigor, aliada à competência. A fórmula é universal e envolve calor humano, compreensão, dedicação. O texto inicia com "Paradígmas em Educação no Novo Milênio" - visão introdutória lembrando que uma nova ordem de valores deriva de propostas que redimensionem o que é educação e sua práticas pedagógicas, políticas, sociais, sem receitas e fórmulas mágicas, mas com argumentações que questionem e provoquem uma consciência crítica sem objetivos sectários ou dirigistas - não se pode impor normas e técnica. O paradígma da educação implica inicialmente numa radical mudança de vida - valores, formas de ver, sentir, e fazer as coisas, tendo consciência dos efeitos reais, práticos e a abrangência de sua atuação. Não se trata de lidar com uma nova verdade, mas obter uma visão abrangente. A lógica do conhecimento leva a lidar com um mundo fechado. A proposta é levar a uma educação que vislumbre a vida e suas maravilhas. Conteúdos, programas, objetivos, avaliação, metodologias e estratégias, devem estar voltadas para catalisar as potencialidades aluno-professor num processo de realimentação. A educação é fator propulsor da sociedade. A cultura 'carteisana' estaria mais voltada para a manutenção do 'status quo' - o novo paradígma rompe o esquema de aprendizagem passiva das verdades ensinadas. Cita vários filósofos e estudiosos do comportamento no campo do ensino-aprendizagem e defende a construção de conceitos mais abrangentes e atuais. Dedica um capítulo ao Referencial Paradigmático da Escola Brasileira - Educar para a vida ao invés da educação que se limita a transferir conhecimentos. Faz um relato da Educação na América Latina citando Florestan Fernandes entre outros, numa análise do sistema vigente. No cap.III - apresenta sua proposta: - a ação educativa deve ser neutra; a escola funcionar como espaço de ação-reflexão-ação; escola mediadora do desenvolvimento integral e seus agentes; gestão democrática; escola com espaço de transformação social; relação professor-aluno-direção-funcionários na ação do ensino-aprendizado-ensino; recursos escolares e paraescolares (a articulação entre todos os elementos). Como fontes de estudo para um novo paradígma cita Mary Ferguson, Waldemar de Gregori, Pierre Weill; em termos de construção psicossocial do conhecimento se baseia em Don Tapscott, Thomas Kuhn, Cândido Gomes, Fritjof Capra com "O Ponto de Mutação: a Ciência, a sociedade e a cultura emergente" (1982) - para concluir que a mudança da parte é que muda o todo. Em Administração Escolar apresenta o problema do distanciamento ou mesmo do antagonismo entre as funções gerenciais e as atividades propriamente educativas o que provoca uma certa dicotomia técnica, adminsitrativa e orgazicional, não ocorrendo uma interrelação meio-fim.Faz uma análise do modelo gerencial do "administrador da educação' mais voltada para os interesses capitalistas da produção do trabalho intelectual, que prioriza a concepção massificante e centralizadora. Propõe reconstituir o paradigma desse gerenciamento em novos moldes mais de acordo com a nova ordem/desordem mundial. Considera superado o paradígma da eficiência pura e aprova a idéia da eficácia (fazer a coisa certa de forma correta), mais a efetividade e a congruência. Quanto à burocracia, esta assume o papel de "cosmético" para econder a feiúra... Proposta de administrar segundo Fayol e Taylor é: - prever, organizar, coordenar, dirigir, comandar, controlar. Ao comparar a administração escolar com a de uma empresa pede novas propostas para uma escola diferenciada e integrada. O que é Educação e o que é Instrução? - uma é formativa e a outra é informativa. Lista as funções do educador que deve levar o educando a estimular a criatividade, o pensamento crítico, sensibilidade, iniciativa, capacidade de opção, etc. Na parte final apresenta um questionário dirigido aos alunos para, segundo o autor, captar os fenômenos que interferem no processo educativo. Como dados complementares faz considerações de cunho psicossocial e apresenta de forma didática sugestões e propostas a serem apreciadas na adoção de novos paradigmas, como: personalização de atividades, significância dos conteúdos, avaliação permanente, trabalho em círculo, descentralizar o poder, escola sem muros, sem uniformes, educação usando os dois lados do cérebro (direito e esquerdo), etc. Não é preciso um mundo de recursos para impulsionar mudanças.
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