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Economia e Demografia
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Do fim do século X ao fim do XIII, dá-se na Europa um crescimento demográfico que em algumas áreas chega a duplicar o numero da população, aliado a uma sem precedente ocupação do solo. O crescimento induz a uma política de ocupação de terras ?livres? e de áreas tomadas a florestas,pântanos e outras formações naturais. É u m processo gradativo e lento. O autor indica que a taxa media anual de crescimento circulou em torno de 0,40% para a França e 0,48% para a Germania. No entanto, esse crescimento foi progressivo. O excesso de população encontra um limite no campo, indo inchar o sítio urbano, mas mesmo impondo um alargamento de fronteiras (desenvolvem-se os subúrbios), as cidades não são capazes de absorver esse excedente populacional. No entanto, a transformação desse crescimento das cidades e índices espaço-temporais, até para fim de comparações, pode mostrar-se difícil devido a variáveis comportamentais, geográficas e econômicas, que condicionam a acomodação desse excedente populacional. Os camponeses também acorrem para a Espanha e a Germânia, onde vão colonizar as terras reconquistadas, e, em menor escala, para o Oriente Médio. Em geral,os fatores de crescimento são associadas a uma melhoria na qualidade de vida, mas está de acordo com nossa lógica, dá conta apenas da diminuição da taxa de mortalidade de adultos,porque a taxa de mortalidade infantil permanece muito alta. O crescimento, então, seria causado por uma excepcional taxa de natalidade, sobrepujando a tal alta de mortalidade infantil; aliada a modificações comportamentais como revalorização do casamento e da criança, e o aumento da produção. Por volta de 1230-40, o ritmo da colonização diminui. As terras ?vagas? diminuem, provocando o aumento do valor da terra (a procura crescente é maior que a disponibilidade de terras). O mesmo acontece com os preços dos alimentos. A produção para de crescer, mas a população continua a aumentar. As consequências desse período de alta de preços são contornadas até o inicio do século XIV, a partir daí, verificamos uma retomada dos períodos de fome e de epidemias, e um progresso na taxa de mortalidade, logo uma reversão da tendência demográfica. Os períodos de fome a princípio são explicados por causa climática; estes períodos tomam um caráter cíclico e interagem com os períodos de epidemias, guerras e revoltas, constituindo-se como problemas sociais, políticos e econômicos; formando um conjunto, e este conjunto é que vai provocar a ?morte? e a baixa taxa de natalidade, ou seja, a regressão demográfica. A recuperação do crescimento demográfico foi lenta, no sentido de que o reequilíbrio da produção de alimentos dependeu da reestabilização das condições climáticas, do controle da ?peste?, da recuperação econômica e do nível de vida da população. A quebra demográfica interrompeu ou retardou a pressão social sobre as bases do sistema de domínio senhorial.
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