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Crianças E ADOLESCENTES ? CONSTRUINDO UMA CULTURA DA TOLERÂNCIA
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A questão da tolerância é abordada em todos os tópicos deste livro, baseando-se, fundamentalmente, na Declaração dos Princípios de Tolerância, que foi elaborada em um seminário realizado na USP, em novembro de 1995, em parceria com as Nações Unidas e a Unidade de Tolerância da Unesco. Esse seminário teve como objetivo discutir e identificar a importância do exercício da tolerância em sentido pleno, como o primeiro passo a ser dado em direção à retomada do respeito mútuo, tendo em vista as sérias conseqüências que vêm ocorrendo devido às divergências de pensamento, crença, raça, etc., com violação explícita da declaração dos Direitos Humanos Universais. Chegou-se ao consenso de que deve ser considerado como tolerante todo indivíduo que se mostre capaz de exigir e oferecer respeito frente às posições assumidas, desde que estas não resultem em prejuízo aos demais que, por ventura, não compartilhem e nem as aceitem como verdadeiras. Concluiu-se também que a base de toda e qualquer ação humana deve ser respaldada pelas exigências éticas, pela justiça, solidariedade, liberdade, responsabilidade e pela cultura da paz. Ressaltou-se a importância da atuação dos adultos, já que são eles os responsáveis pela formação das novas gerações. Mesmo porque, há um avanço excessivo do individualismo e de intolerância, além de um aumento substancial da violência em todos os cantos do planeta. A preocupação geral é com relação à falta de controle de comportamento apresentado pelos seres humanos atuais e, também porque, não há como permanecer indiferente diante do consensual clamor geral voltadopara o direito à vida, à liberdade, à integridade física e moral., Assim, foram estes itens consideradoscomo os fios condutores que deverão nortear o processo educacional de crianças e jovens, com o intuito de fazer com que esses seres humanos em formação tornem-se capazes de se auto-controlar, auto-restringir, incorporando regras e normas de seu grupo social para a condução de suas vidas, como também, a agir respeitando os direitos fundamentais daqueles com os quais convivem. Para tanto, é preciso que sintam necessidade de Conhecer (ter um olhar mais atento com relação ao que é considerado como adequado e verdadeiro), Prever (saber antes, as possibilidades de acerto e erro), Controlar (para que a Conduta Ética não seja obscurecida) e Cooperar (para que sejam atingidos os ideais de igualdade e respeito às diferenças individuais). Trata-se de um trabalho a ser iniciado na mais tenra infância para que o sentimento de empatia se configure, para que se aprenda que todos têm direitos, mas que também têm deveres que devem ser garantidos e cumpridos. Registrou-se ainda que esses procedimentos só serão incorporados se, concomitantemente, forem trabalhados valores, normas, atitudes e se os adultos, realmente, forem espelhos de caráter, de postura, ou seja, exemplo a ser seguido e assimilado pelas crianças e jovens. Foi ressaltada a importância de se formar verdadeiros educadores, adultos que saibam como lidar com esses novos seres, especialmente, com aqueles que estão sujeitos a riscos psicossociais, já que a própria família passa por um profundo processo de mutação. Tais educadores devem agir de forma compromissada com o futuro dessas crianças e jovens, reconhecendo-se como provedores da inclusão, da igualdade e da dignidade para que esses sujeitos em formação passem a ser firmes em suas convicções, confiantes em seus talentos e crenças, exigindo sempre de todos o respeito que lhes é devido, merecido e justo.
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