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A Europa Medieval _ parte I
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A partir da queda do Império Romano, no século V d.c., a Europa viveu um longo período (cerca de mil anos), hoje chamado de Idade Média.
No século V d c., a cidade de Roma foi tomada, roubada e incendiada por invasores bárbaros. Assim, após ter vivido séculos magníficos de poder e glória, o Império Romano do Ocidente foi dividido.
No lugar do Império, surgiram dezenas de pequenos reinos, cada um correspondendo a um pedaço do antigo Império Romano.
Os habitantes dos novos reinos eram uma mistura dos povos bárbaros com os antigos povos do Império Romano. O rei era o comandante militar bárbaro que havia conquistado aquele território antes pertencente à Roma.
Até o século X, os povos bárbaros continuaram atravessando a Europa.
No tempo do Império Romano o latim foi o idioma oficial. Valiam as leis do Direito romano e todos obedeciam a um mesmo imperador.
Os invasores bárbaros não destruiram tudo que havia antes. Os antigos romanos e os bárbaros influenciaram-se mutuamente. Houve destruição e ódio, mas também aconteceu troca de experiências e idéias. À essa mistura chamamos Civilização Européia Medieval, sendo esta a combinação cultural de três elementos: a cultura antiga romana e grega, o cristianismo e a cultura dos povos bárbaros.
O cristianismo chegou a Roma e se espalhou por todo o Império, até se tornar a religião oficial.
Os invasores bárbaros não eliminaram o cristianismo, tendo sua maioria se convertido à religião cristã.
Os bárbaros saquearam Roma mas foram conquistados pelas idéias da igreja de Roma.
Os europeus se consideravam, antes de tudo, os cristãos, enquanto todos os outros povos eram vistos como os diferentes, os infiéis, ou seja, os não cristãos.
A religião cristã proporcionou aos europeus a sensação de que faziam parte de uma mesma família, comunidade, civilização: A civilização cristã.
A religião era muito importante na vida dos homens e mulheres medievais. O prédio mais alto das cidades era a catedral, nas aldeias, a capela era o centro de tudo. Quase todos os livros e pinturas abordavam temas religiosos.
Naquela época tumultuada de guerras e destruição, de reinos que nasciam e morriam num piscar de olhos, de roubos e matanças, a igreja era a única instituição sólida.
Na Europa Medieval quase todos eram analfabetos. Geralmente, só os padres e monges que sabia ler e escrever. A igreja era dona da maioria dos livros que existiam. Livros escritos a mão, porque a imprensa só seria inventada no século XV.
As escolas eram da igreja, sendo as aulas administradas por padres e monges.
Os livros eram escritos em latim e em toda a Europa os sábios conversavam nessa língua.
O alfabeto era o latino (esse que usamos até hoje).
As invasões bárbaras provocaram incêndio em centenas de bibliotecas. Milhares de livros da Antiguidade foram perdidos. Tendo a igreja um papel decisivo, conservando vários livros de filosofia, literatura e ciências dos gregos e dos romanos.
A civilização árabe era admirada pelos europeus medievais. Muitos livros gregos e romanos, que tinham desaparecido foram conservados por Sábios árabes.
No século XIII, graças a eles, os Europeus puderam conhecer várias obras da Antiguidade clássica, como os livros do grego Aristóteles, por exemplo.
Os árabes ensinaram aos cristãos muitas coisas úteis como os algarismos árabes (1,2,3,4...), transmitiram conhecimentos de medicina, astronomia, navegação, metalurgia, alquimia e de comercio.
A cultura medieval européia também foi influenciada pelas culturas dos povos bárbaros.
Apesar de os antigos bárbaros terem se convertido ao cristianismo, não abandonaram todas as crenças de suas antigas religiões: acreditavam em gnomos, duendes e feiticeiras.
ninamar
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