A comemoração ao Dia Internacional da Mulher é também dia de reflexão sobre o universo feminino que é tão complexo, que mesmo nós mulheres não compreendemos. Mas, ao mesmo tempo tão simples, pois só queremos uma coisa: AMAR.

 Este amar se espraia em todas as dimensões: amar uma pessoa, os filhos, os sobrinhos, o trabalho. Amar a si própria e a beleza de sentir uma vida com qualidade social e econômica.

 Amar por sua vez implica responsabilidades, mas parece que todas convergem para os ombros femininos, como se não pudessem ser compartilhadas, diante com a dupla ou tripla jornada de trabalho.

 Amar exige respeito e igualdade, mas quase não há o mesmo retorno neste mundo forjado pela ótica masculina, onde estão presentes a violência doméstica, o assédio moral, diferenças de oportunidades, desigualdades salariais, o preconceito e a discriminação. Quando as mulheres conquistam os seus direitos são alardeados como privilégios.

 Amar significa cuidado e atenção, mas não há um diagnóstico preciso da realidade da mulher para nortear as políticas públicas, diante do empoderamento da mulher.

 Mesmo diante deste contexto, a mulher para poder amar se organiza em movimentos sociais, participa de mobilizações e por isso lugar de mulher é na política, na perspectiva de reduzir as desigualdades sociais e de romper com a dominação ainda presente sobre as mulheres.

 Muitas amarras já foram desfeitas, mas ainda há muito para avançar, por isso quero homenagear todas as mulheres, que na resistência buscaram e ainda lutam pelo direito a cidadania plena e igualdades de condições de vida e de trabalho.

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