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Batalhão de Operações Policiais Especiais
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Atua em operações de alto risco, nomeadamente incursões em favelas e situações de confronto com narco-traficantes empregando armamento de uso exclusivo das forças armadas. Por essa razão, o grupo encontra-se equipado com armamento de uso retrito às Forças Armadas Brasileiras, como por exemplo a metralhadora antipessoal Heckler & Koch HK21 A1 calibre 7.62x52mm OTAN O BOPE foi criado em 19 de janeiro de 1978 como Núcleo da Companhia de Operações Especiais (NuCOE), através de um projeto elaborado e apresentado à época, pelo então Capitão PM Paulo Cesar Amendola de Souza ao Comandante-Geral da PMERJ, Coronel EB Mário José Sotero de Menezes. Na década de 1980 foi elevado à categoria de Companhia de Operações Especiais (COE), mudando pouco depois de denominação, após ganhar autonomia administrativa, para Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE). Em 1991 foi transformado em Batalhão, mantendo-se ainda aquartelado no Regimento Marechal Caetano de Farias, sede do Batalhão de Polícia de Choque, entre outras unidades policiais. No ano de 2000 ganhou instalações próprias, localizadas na comunidade Tavares Bastos, no bairro do Catete, na Zona Sul da capital fluminense.
O BOPE possui veículos blindados, oficialmente denominados como "Pacificadores", mas popularmente conhecidos como "Caveirões"<2>, utilizados, principalmente, em operações em favelas onde há conflito com traficantes que empregam armamento pesado. Os blindados têm capacidade para uma guarnição de 11 homens, e não possuem armamento próprio, sendo o seu poder de fogo constituído pelas armas da própria guarnição. O chassi utilizado nos veículos é o do caminhão Ford Cargo 815, considerado por inadequado por especialistas, uma vez que o peso do veículo, com guarnição completa, supera as 8 toneladas de peso bruto para a qual o chassi foi projetado. A principal finalidade dos veículos blindados é proteger a vida dos elementos da guarnição e romper as barreiras físicas utilizadas pelo tráfico. Os blindados são essenciais ainda no apoio ao resgate de unidades policiais encurraladas e na remoção de feridos nos cenários de confronto. Atualmente, as Polícias Civil e Militar já contam com doze viaturas desse tipo, sendo uma delas operada pela Polícia Civil e as demais pela Polícia Militar.
Devido às exigências de sua atuação em situações especiais, é disponibilizado armamento diferenciado aos policiais que servem no BOPE, como por exemplo: - Fuzil FAL calibre 7.62x51 fabricado pela IMBEL
- Fuzil Para-FAL calibre 7,62x51 fabricado pela IMBEL
- Fuzil Colt M16
- Fuzil Colt M4A1 calibre 5.56x45
- Fuzil AK 47 calibre 7.62x39
- Fuzil HK G3 calibre 7.62x51
- Fuzil HK PSG
- Fuzil-metralhadora Madsen calibre 7.62x51 com bipé (arma antiga, com carregador curvo montado sobre a caixa)
- Carabina M1 calibre .30
- Espingarda Benelli M3 (modelo Pump-action)
- Pistola Taurus PT 92 calibre 9mm
- Pistola Taurus PT 100 calibre .40
- Submetralhadoras HK MP5 e MP5K calibre 9mm
- Submetralhadora FN P90 calibre 5.7x28
- Metralhadora leve HK21 A1 calibre 7.62x51
- Explosivos de uso militar
- Granadas
Como as operações realizadas possuem normalmente um alto grau de periculosidade, onde o inesperado pode ocorrer a qualquer momento, instruções de artes marciais são fundamentais para formação destes profissionais. Diferentes formas de combate de várias partes do mundo, tais como: Ving Tsun (China), Jiu-Jitsu (Japão), Krav Maga (Israel), Hapkido (Coréia), Savate (França), Muay Thai (Tailândia) e outras, possuem um grande potencial para serem escolhidas por operadores de forças especiais, devido suas características de adaptação as necessidades vivenciadas por estes grupos em suas missões.
Para ingressar no BOPE há a necessidade de o candidato ser policial militar há pelo menos dois anos, possuir excelente condicionamento físico, assim como ser aprovado nas avaliações médica e psicológica. São oferecidas duas modalidades de curso, uma para cada uma das divisões do batalhão: - Curso de Ações Táticas (CAT), com duração de dois meses, direcionado ao resgate de reféns; e
- Curso de Operações Especiais (COEsp), com duração de três a cinco meses, visando preparar o policial para intervenções em áreas de conflito.
Existe ainda o Curso de Patrulhamento em Áreas de Alto Risco (CPAAR), aplicado eletivamente aos cadetes do 2º ano da Academia de Polícia Militar Dom João VI, bem como o Estágio de Aplicações Táticas (EAT), oferecido mandatoriamente aos cadetes do 3º ano da APM Dom João VI, e às praças de outras unidades da PMERJ, de acordo com o calendário fixado pela Corporação. No documentário "Wardogs" (2005), é mostrado um membro da Guarda Nacional dos Estados Unidos, ali identificado como "Bain Serna", que teria passado por um treinamento de cinco semanas com o batalhão <3>. Após o lançamento do documentário, Serna declarou a um jornal do Texas: "É a melhor equipe de combate urbano do mundo. Nossas tropas no Iraque deveriam aprender com o BOPE". Um projeto americano sobre Execuções Extrajudiciais da Universidade de Direito de Nova York, por outro lado, acusou o BOPE de matar quatro adolescentes sob a alegação infundada de serem traficantes que resistiram à prisão. O BOPE foi acusado de forjar evidências de crimes que não ocorreram<4>. A Anistia Internacional também condenou os métodos utilizados pelo BOPE, especificamente o uso do "Caveirão", e atribuiu um grande número de mortes de civis inocentes ao batalhão<5> Segundo o jornal New York Times<6>, à época referida no filme "Tropa de Elite", o BOPE possuía 120 membros e era considerado "O céu para os policiais honestos do Rio de Janeiro". Hoje em dia, a força cresceu, incorporando mais de 400 homens, e a sua fama de incorruptível em parte se desfez, apesar de sua reputação de brutal e violenta ter permanecido inquestionável.
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