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Educação é um bem público
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Abordar sobre educação pública é sempre um desafio, que estimula o pensar e repensar chegando às vezes nas asas da utopia ou no abismo da frustração. Mas, se existe uma verdade nesta dicotomia é a crença racional de que a educação é um bem público. Como tal, deve estar no mesmo patamar de prioridades de governo e na mesma medida na comunidade escolar a vontade explícita em exigir melhorias. Da mesma forma, precisa ser concebida como um investimento econômico e, não somente social por todos os envolvidos. Nesta afirmação, alguns poderão pensar que defendo a mercantilização da educação, na falácia de que a educação é apenas social. Se a concebo enquanto um bem público, quero expressar a sua mais valia perante o desenvolvimento econômico dos municípios e estados, enquanto instrumento para erradicar determinadas facetas em nossa cultura, que engessam, retardam e aprofundam os problemas sociais, que a própria educação pública está produzindo. Ao colocar a educação estritamente como uma política social e, mais gravemente, assistencialista do tipo ?Amigo da Escola?, na realidade se está delimitando para que seja formadora da massa de trabalhadores para que permaneça em sua classe social, evitando a sua ascensão econômica e social enquanto futuros proprietários, intelectuais, pesquisadores, prestadores de serviços autônomos. Porque a educação não precisa de caridade, mas de uma gestão séria. Mas, a educação brasileira nasceu como uma política essencialmente assistencialista. Hoje, salvo raras exceções, as escolas públicas são centros de assistência social, assumindo responsabilidades alheias: família, Estado e do Poder Judiciário sem nenhum suporte, sobrando muito pouco para o que lhe compete: o ensino. Acontece porque a educação não é vista como um bem público, um valor econômico e social, que justificaria aumentar os investimentos na área de formação, valorização e condições adequadas para que exista um ambiente escolar, por essência, de construção e reconstrução do saber, com exigência no desempenho escolar e não por sua condição social ou escolar. Já que ser pobre; estar em distorção série/idade ou ter problemas familiares, na maioria das vezes, conta pontos na avaliação final para ser aprovado, mesmo sem as mínimas condições, para que a escola mantenha um índice admissível de reprovações, aliada a interpretação equivocada das teorias pedagógicas como: ? aprender a aprender?; ?respeitar o ritmo de cada aluno?; ?todos apreendem o conhecimento ao seu modo? tem gerado a desqualificação da Escola pública porque não se exige mais do aluno a sua responsabilidade de estudar. Estes fatos não surgiram espontaneamente, ao longo da história. A tendência em subestimar a capacidade do aluno pobre e a educação pública assistencialista são conseqüências da formação cultural do Brasil, que se perpetuam na gestão escolar, com protagonistas no palco e bastidores, como por exemplo: partidos políticos e parcela de promotores e juízes.
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