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Pedagogia da Autonomia
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"Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa" Na introdução do livro -"PRIMEIRAS PALAVRAS"(FREIRE, 2003, p.13-20)- Freire esclarece o público alvo (docentes formados ou em formação), insistindo que formar um(a) aluno(a) é muito mais que treinar e depositar conhecimentos simplesmente. E que, para formação, necessitamos de ética e coerência. No primeiro capítulo - "NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA", temos exemplos de diferentes tipos de educadores: críticos, progressistas e conservadores. Paulo Freire ressalta a necessidade de uma reflexão crítica sobre a prática educativa. Sem essa reflexão, a teoria pode ir virando apenas discurso; e a prática, ativismo e reprodução alienada. No capítulo ?Ensinar não é transferir conhecimento?, Freire(2003) retoma em sua fala a necessidade dos educadores criarem as possibilidades para a produção ou construção do conhecimento pelos alunos(as), num processo em que o professor e o aluno não se reduzem à condição de objeto um do outro. Insiste que "...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção" (FREIRE, 2003, p. 47), e que o conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente pedagógico. Esse raciocínio existe porque somos seres humanos e, como tal, temos consciência que somos inacabados: seria a inconclusão existencial de todo ser humano (FREIRE, 2003, p. 50). É esta consciência que nos motiva a pesquisar, conhecer e mudar "o que está condicionado, mas não determinado" (FREIRE, 2003, p.53). Passamos assim, a ser sujeito e não apenas objeto da nossa história, pois não devemos ver situações como fatalidades e sim estímulo para mudá-las. Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa aos direitos dos educandos e exige também, a apreensão da realidade (FREIRE, 2003, p.66). No último capítulo (FREIRE, 2003, p. 91-146), Freire mostra a necessidade de segurança, do conhecimento e da generosidade do educador para que tenha competência, autoridade e liberdade na condução de suas aulas. Defende a necessidade de exercermos nossa autoridade docente com a segurança fundada na competência profissional, aliada à generosidade. Acredita que a disciplina verdadeira não está "...no silêncio dos silenciados, mas no alvoroço dos inquietos"(FREIRE, 2003, p.93), na esperança que desperta o ensino dos conteúdos, implicando no testemunho ético do professor- isto seria a autoridade coerentemente democrática. Ensinar exige comprometimento (FREIRE, 2003, p.96), sendo necessário que nos aproximemos cada vez mais de nossos discursos de nossas ações. Sendo professor, é necessário interpretar as entrelinhas do que ocorre no espaço escolar e estar ciente de que a sua presença nesse espaço não passa desapercebida pelos alunos(as). Referências bibliográficas · FREIRE, P. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
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