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A idade da razão
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A idade da razão Gilberto Pompermayer Todos nós, quando éramos mais jovens, fomos idealistas e dispostos a se sacrificar para a obtenção de um mundo melhor. Sentimos na pele que com o passar dos anos, porém, pelo amor ou pela dor passamos a se tornar mais realista, mais preocupado em resolver questões pessoais e com menos entusiasmo para se dedicar à comunidade. Tais apontamentos mostram bons sentimentos e, à primeira vista, parecem muito bonitas, mas no entanto, nem sempre primam pelo bom senso e pela lógica. Pelo que tenho observado, todo o processo mental no decorrer da vida pode ser incrivelmente pretensioso e arrogante. Cada ser humano precisa se adaptar aos fatos da vida, mesmo quando são menos atraentes que nossos ideais. Pelo medo do desconhecido ou pela aventura da amizade, teremos de aceitar a realidade, pois este é o melhor mundo que o homem foi capaz de construir até o presente momento. A conclusão poderá decepcionar os que sonharam com utopias. Muitas correntes religiosas ou políticas desse tipo já nos sensibilizam e conquistam nossa mocidade. Para muitos aí surge outro ingrediente, bem conhecido por todos nós: a vaidade. A onipotência nesse caso significa imaginar que seremos capazes de adaptar o mundo às nossas idéias, convicções e vontades. Unidos, teremos força para varrer a dor e a miséria da face da Terra. A partir dessas premissas, quando jovem passamos a ter a certeza de que todos os obstáculos seriam superados e o bem prevaleceria sobre o mal. De qualquer forma, com o passar dos anos, vamos amadurecendo emocionalmente, e temos a oportunidade de se tornar menos onipotentes e mais humildes. Percebemos que nosso papel existencial é mais modesto do que pensávamos. Acabamos substituindo belas idéias falsas por fatos concretos, e até que não são belos e nem feios, mas são apenas fatos. Aprendemos a respeitar a realidade, a nos relacionar com ela, a nos adaptar e percebemos que as coisas se modificam muito lentamente e não em função de nossa vontade, mas sim em virtude de complicados processos sociais. Compreendemos enfim os limites que a biologia impõe às mudanças. Ao parar de brigar com a vida e com nossos semelhantes passamos a navegar a favor da correnteza da grande Teia do Universo Infinito. E se tivermos tempo e pudermos interferir em algo, o faremos, tendo consciência de que será uma modesta contribuição e não mais um ato heróico. As vezes, às diversas situações que vivemos, nos levam a um ponto que julgamos ser o fim da linha, que não teremos condições de ultrapassar,que nossas forças não serão suficientes. É justamente nesses momentos, que a vida apresenta soluções que nos marcarão para sempre, seja através de uma amizade inesperada ou uma porta que se abre do nada, assim como uma pequena bóia a nossa espera no oceano imenso. Quando entendemos o processo de purificação e com gratidão resolvemos lutar, nossa visão se estende por novos horizontes, e a chuva tem um novo sentido, o sol tem uma nova força, e a dor passa a ser uma forma de engrandecer-nos, porque somos vencedores quando nos superamos, pois somos pura energia Divina preparada paraatravessar todos os obstáculos que se colocam entre nós e os nossos sonhos, e é nessa certeza que Deus te entrega mais um dia. Na esperança de que você nunca deixe de lutar e de acreditar no bem e no belo, tenha a convicção de que pode caminhar com muita paz e harmonia. Aceite com o coração aberto as bênçãos da vida e participe intensamente da Obra Divina, pois vencer e ser feliz será uma constante em sua existência. Boas energias. Eu acredito em você. Gilberto Pompermayer é Conferencista e Psicanalista. www.gilbertopompermayer.ipira.net
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