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A Alta Idade Média Ocidental
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Capítulo III ? Vida e Morte da África Romana (533-698) O primeiro esforço de invasão vândala não dá certo; a Igreja católica (massa da população romana) impõe uma resistência ativa, no que encontra apoio de Justiniano através dos países da bacia oriental do Mediterrâneo. Vândalos. De empreendimento cultural fraco, incapaz de resistir ao romanismo de Bizâncio, foram também incapazes de controlar o espaço extenso do interior da antiga África romana, então sob controle de reinos bérberes. À tentativa de se impôr à força sobre o Cristianismo ariano cai na aversão popular. No século VI, o irredentismo bérbere e o desaparecimento da autoridade imperial (estruturas sobre as quais os vândalos pudessem apoiar sua penetração) desfavorecem a incursão dos vândalos. Crises de sucessão, por fim, fragilizam o Estado e abrem para a rápida conquista por parte do Império Romano (setembro/dezembro de 533). Em 534, a África ganha estatuto de prefeitura do pretório. A máquina administrativa retoma suas atividades (fiscalidade burocrática); o exército é reorganizado; o domínio dividido em 4 províncias (duques); o Cristianismo ortodoxo torna a encontrar todas as suas prerrogativas (hierarquia regular); nova linha de defesa (limes): fortificação das cidades destinadas a impedir todas as incursões estrangeiras. Desse modo, cidades na África foram protegidas por cento e cinquenta anos de África romana. No século VII, observamos o enfraquecimento da província. Confrontos religiosos, o irredentismo bérbere, conflitos sociais devido a pressão fiscal, o relativo empobrecimento da economia e do poder bizantinos no século VII, enfraquecem muito esta província. A questão Monofisita. A África, tradicionalista, se apóia no papado contra a vontade do imperador (desejosos de unir todos os bispados do Império em torno de uma crença heterodoxa). Em 647, nas primeiras incursões árabes contra a África romana, de certo que não tenham conseguido passar pelas fortalezas que protegem o limes, é favorecido por uma trégua até 670. Contudo, em 688, uma ofensiva maciça se inicia, os árabes chegam a conquistar Cartago em 698, mas logo a perdem, para retomar definitivamente em 702. Seguem cinco anos de combates, até que a África deixa de ser romana. As tribos bérberes, elemento crucial na resistência aos árabes, são tão rebeldes ao Islão quanto tinham sido à organização romana. A passagem de uma civilização a outra foi brusca: língua/cultura árabe suplantam sem demora a língua/cultura latinas.
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