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A Educação que nos convém
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Nesse artigo, Anísio Teixeira procura defender duas idéias centrais em seu projeto de defesa da Escola Pública: a)articulação das escolas em sistemas de ensino que iriam do nível municipal ao nacional; b) defesa de um ensino vinculado às necessidades sociais, principalmente em termos de preparação da mão-de-obra especializada para a ocupação de postos no mercado de trabalho. Para tanto, define algumas atribuições da escola, dos professores e do Poder Executivo. Idéias Centrais: · Objetivo proposto por Anísio Teixeira no texto: compreensão do modo a partir do qual se criaram as condições para uma educação pública e gratuita (p. 16) · Desenvolvimento da Educação Pública nos países desenvolvidos: ?uma primeira fase do movimento de instrução para o povo no ocidente teve origem religiosa. Buscava tornar efetiva e generalizada a leitura da bíblia (...) a generalização contudo, do movimento não se deu senão quando o Estado julgou seu dever de dar um mínimo de educação (p. 16)?. · Educação e desenvolvimento econômico no fim do século XIX e início do século XX: ?observamos, assim, que a educação comum não servia à vida econômica ou de produção do país (p. 17)?. · Escola e Humanismo: ?Desejamos acentuar é que no início obedecia mais à filosofia humanitarista ou quando muito cívica (p. 17)?. · Educação primária como necessidade política: ?Temos pois, até os começos deste século, a educação primária como necessidade política, nas nações ditas civilizadas, e a educação pós-primária como apanágio, nelas, das suas chamadas elites (p. 17)?. · A defesa do ensino profissional: ?o desenvolvimento de técnicas industriais de trabalho viera tornar-se a escola indispensável como instrumento de eficiência econômica (p. 17)?. · A educação nos países subdesenvolvidos: ?(...) a evolução das necessidades sociais foi, de certo modo a mesma, mas sem o acompanhamento da evolução do sistema escolar, que se encontra ainda num simples esforço. Decorre daí que entramos em confusão e contradição, porque atingimos a consciência de necessidades equivalentes às dos povos mais desenvolvidos mas desaparelhados de escolas (p. 18). · Concepção mística de educação: ?A escola passa a ser vista como um bem em si mesmo como tal sempre boa, seja pouca ou inadequada ou mesmo totalmente ineficiente(..)Tal concepção conserva-se a dominante entre nós (p. 18-19)?. · Defesa de uma educação pragmática: ?que seja eficaz, isto é, que ensine o que se propõe a ensinar e ensine bem. Ensine o que o indivíduo precisa aprender e mais, que seja devidamente distribuída (p. 19)?. · A ?educação que não nos convém?: ?Deste jeito, já não nos convém qualquer educação modo. Esta já nos é dada pelo rádio e pela televisão (p. 19)?. · A ?educação que nos convém?: ?a educação escolar tem de ser uma determinada educação, dada em condições capazes de torná-la um êxito, e a serviço das necessidades individuais dos alunos em face das oportunidades de trabalho na sociedade (p. 20)?.· Causa dos problemas educacionais brasileiros (I) : ? conceito místico de educação e novas necessidades educacionais (p. 20)?. · Causa dos problemas educacionais brasileiros (II): educação de tipo intelectualista, desconexa em relação às necessidades individuais e apresentada como meio de ascensão social (p.21) · Escola e sociedade: ?a escola deve ser um processo de redistribuição dos indivíduos segundo suas aptidões pelos diferentes escalões do mundo do trabalho moderno (p. 21)?. · Tipo de escola e mobilidade social através da escola: ?não há nenhuma escola uniforme e única pela qual se possa passar de uma classe para outra (p. 21)?. · Escola integrada em sistemas de ensino: ?passar a considerar todo o sistema escolar como um sistema contínuo, pelo qual todos se educam até o nível primário e daí, por seleção de capacidades e aptidões alguns prosseguem até os níveis médio e superior (p. 21)?. · A ausência de infra-estrutura na educação brasileira: ?(...)a educação sempre foi isto, uma espécie de atirar no que viu e matar o que não viu, não se concebendo que haja exigência de tempo, espaço, equipamento, trabalho e dinheiro acima de um minimum minimorum, para que se torne a educação possível para toda a gente (p. 23)?. · Denúncia à política educacional mistificadora: ?Somente a concepção de educação como uma atividade de caráter vago e misterioso é que poderia nos levar a aceitar essa total e generalizada inadequação entre meios e fins da escola, é a isso que chamo concepção mágica de educação (...) Ocorre porém que, ao contrário dos demais países, o Brasil legalizou e oficializou esse processo de ilusionismo, ou, se preferirem, de magia educacional (p. 24)?. · Liberdade no ensino extra-oficial e regulamentação do ensino oficial: ?Toda essa educação mágica pode ser deixada livre, mas não deve ser sancionada com conseqüências legais. Este o primeiro passo para dar a estas iniciativas o aspecto dinâmico pelo qual elas poderão vir a progredir até o estágio lógico ou científico da educação (p. 24)?. · Mecanismos oficiais de avaliação (institucional e da aprendizagem) como forma de promover a melhoria da educação brasileira: ?(...)não se pode corrigir a conjuntura senão por um processo de exames paralelos ao processo escolar, e organizado e dirigido por autoridades estranhas à escola ou autoridades de escolas de nível acima da escola examinada tal processo pode evolver até um sistema de classificação das escolas, em substituição ao de exames formais com aceitação dos diplomas pelo mérito implícito nas classificação (p. 25).
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