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A boa escola no discurso da mídia
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Um exame das representações sobre educação na revista Veja (1995-2001)
O autor elabora um estudo sobre a representação midiática do conceito de "boa escola", tomando por objeto de análise as edições da revista veja, publicadas entre os anos de 1995-2001. Como objeto, faz uso do discurso desta revista como fonte de representações de parcela importante da sociedade brasileira. e, por fim, faz uma discussão sobre a criação do consenso de um ideal de boa escola.
SINOPSE
O autor elabora um estudo sobre a representação midiática do conceito de "boa escola", tomando por objeto de análise as edições da revista veja, publicadas entre os anos de 1995-2001. Como objeto, faz uso do discurso desta revista como fonte de representações de parcela importante da sociedade brasileira. e, por fim, faz uma discussão sobre a criação do consenso de um ideal de boa escola.
ORELHAS
O livro de Geraldo Sabino Ricardo Filho deve ser bem recebido por nós por vários motivos. Primeiramente, porque tem o mérito de investigar a história recente dos agentes da educação em nosso país. Tarefa difícil e pouco comum entre nós, sociólogos. Em seguida, neste empreendimento, apresenta uma nova configuração do campo da educação destacando a presença de um interlocutor sagaz, a imprensa. E nesse sentido, apropria-se dessa mídia como recurso e como objeto de investigação. Como recurso, usa o periódico Veja, servindo de fonte documental. Como objeto, faz uso do discurso dessa revista enquanto fonte de representações de parcela importante da sociedade brasileira. E, por fim, o livro propõe uma discussão sobre a criação do consenso de um ideal de boa escola. Geraldo apresenta-nos um discurso construído com base na organização de uma rede de legitimidade criada por agentes do campo que, ao acumular posições de prestígio na área educacional, conseguem também criar legitimidade suficiente para poder circular nos campos fronteiriços a ele, ou seja, o campo do jornalismo e o campo do aparelho do Estado. Na realidade, faz uma discussão política sobre a montagem de uma rede de sentidos entre os dominantes no campo do poder. É uma investigação corajosa e ambiciosa, com análises minuciosas, cuidadosas e competentes; ao todo, 234 matérias. Enfim, é um trabalho sério, que merece ser conhecido, pois é do interesse da comunidade acadêmica ter ciência sobre os mecanismos que tornam possível a criação de consensos. (Graça Setton - Faculdade de Educação ? USP)
4a CAPA: Atualizado recorte da história da educação, esta obra traça um quadro peculiar, ao investigar uma história imediata produzida pelos efêmeros produtos da cultura da mídia, motivados pela lógica do marketing e pelas disputas no campo jornalístico. Examina o objeto boa escola, nas páginas da revista Veja, à primeira vista revelado como um slogan daquela publicação, mas confirmado por autores de reconhecida trajetória acadêmica, que ajudam a definir uma categoria de análise denominada rede de legitimidade. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, na UNESP de Araraquara, a pesquisa promove uma reordenação das notícias, organizando-as em uma série documental demarcada nos anos de 1995 a 2001, quando se observa um aumento razoável de abordagens da educação, na imprensa brasileira. Este livro, ao enfrentar os riscos de basear-se em fontes alternativas e da imprensa não especializada, desnuda aspectos relevantes para uma discussão da importância da cultura da mídia, no campo educacional.
SOBRE O AUTOR: Geraldo Sabino Ricardo Filho é professor de História na rede estadual paulista há mais de 15 anos. Defendeu seu mestrado na área de Educação na UNESP, câmpus de Araraquara - SP.
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