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avaliação diagnostica
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A avaliação constitui-se matéria imprescindível para a implantação e implementação de projetos pedagógicos, seus princípios e funções orientam e definem as ações que promoverão as aprendizagens. O desenvolvimento de conhecimentos ampara-se nas funções diagnóstica, formativa, e somativa, tais categorias funcionais1 da avaliação apresentam distintas funções, contudo devem estar diretamente relacionadas e estreitamente ligadas em sua complementaridade. A ênfase, ora destacada no projeto, incide particularmente sobre a função diagnóstica e sua relação com a atividade pedagógica desenvolvida pelos alfabetizadores do Programa de Alfabetização Solidária. O conhecimento da realidade e condição preliminar para o planejamento: a determinação de objetivos, a seleção dos conceitos a serem aprendidos e os procedimentos metodológicos devem ser orientados pelo diagnóstico realizado pelo alfabetizador no inicio de cada módulo. A avaliação diagnóstica abrange a caracterização individual e coletiva da turma, bem como seu conhecimento prévio no que concerne a linguagem alfabética, numérica e aos aspectos sociais, afetivos e culturais, tais informações serão essenciais para a organização curricular do programa. O alfabetizador deverá dispor do formulário de coleta de dados mais um conjunto de atividades que deverão ser desenvolvidas na entrevista individual com o aluno, bem como nas atividades diagnósticas coletivas que são realizadas nos primeiros encontros do grupo. As atividades desenvolvidas são planejadas a partir de situações problematizadoras extraídas do cotidiano e abrangem conhecimentos e resoluções interdisciplinares. A entrevista individual é realizada à partir de um diálogo informal seguido e orientado por roteiro previamente definido pelo alfabetizador e 1 Categorias funcionais da avaliação descritas por Benjamin Bloom (1956). coordenador setorial, seu objetivo é estabelecer um vínculo afetivo: aluno e professor, bem como para o docente conhecer a realidade do discente: perfil, interesses, perspectivas e condição que lhe motiva a participar do programa. A entrevista é circunstância de interação e conhecimento para alfabetizador e alfabetizando, a avaliação então representada nessa circunstância segue princípios de dialogicidade, não cabendo a inquisição e a mera constatação de fatos. As atividades diagnósticas deverão ser desenvolvidas ao longo da primeira semana do programa. A priori todas as atividades desenvolvidas nos primeiros encontros são diagnósticas, porém deverá haver a identificação de quais dessas, servirão para registro e análise. O conjunto de instrumentos diagnósticos deve informar a performance inicial do aluno no que concerne a linguagem oral, leitura (decodificação e compreensão), produção de texto, resolução de situações contendo os conceitos matemáticos básicos, bem como motricidade e socialização. As dificuldades relevantes observadas, como problemas de visão, fala, audição, dificuldades psicomotoras ou necessidades específicas devem ser registradas e consideradas na organização e execução das atividades. A elaboração do roteiro de entrevista e das atividades diagnósticas avaliativas devem ser orientadas pelo coordenador setorial, que subsidiará a elaboração e a execução do planejamento. Os instrumentos diagnósticos utilizados pelo alfabetizador devem ser analisados e devidamente seguidos de seus registros de observação, cada aluno deve dispor de um portfolio de avaliação diagnóstica. A avaliação diagnóstica proporcionará a identificação de distintas faixas de desenvolvimento da linguagem alfabética e numérica dos alfabetizandos, pois o programa em suas diversas edições tem constatado e convivido com o desafio de atender alunos dispostos em uma mesma turma com níveis e realidades distintas de aprendizagens, o conhecimento prévio dessas realidades possibilita ao alfabetizador a utilização de estratégias de atendimento diferenciado. As informações coletadas previamentesão fontes de comparações necessárias para a determinação da progressão do conhecimento individual e coletivo. Ao conhecer a realidade da comunidade o alfabetizador dispõe de subsídios para a elaboração de situações contextualizadas e específicas que atendam a cultura local. O diagnóstico alimenta as funções formativa e somativa do processo avaliativo, contudo o diagnóstico não se limita ao inicio dos módulos, pois pode e deve ser usado no início de cada unidade de ensino, ou diante de um novo conceito a ser trabalhado. Chegar a um fim, requer o conhecimento de onde se está, assim é necessário criar e estabelecer estratégias que permitam fotografar, analisar a refletir sobre o ponto de partida e suas condições para a chegada.
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