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Modernidade versus pós-modernidade
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O leitor implícito, ou quase explícito, de ? Modernidade versus pós-modernidade? (1980), de Jürgen Habermas é o crítico direitista americano Daniel Bell, pioneiro na crítica e análise da pós-modernidade, a qual acusa de estética da ruptura e do novo na produção do hedonismo, o que dificulta a vida cotidiana. Habermas, como frankfurtiano marxista, não quer ser confundido com Bell, que se torna uma presença fantasmática nesse texto.
É fato, pois, que Habermas não se inclina a aceitar que as certezas da modernidade levaram à violência e à crueldade. Ele soa nostálgico do projeto iluminista da modernidade. E permite o paradoxo da era moderna. Para ele, a estética moderna criou um impasse, mas não extinguiu ou apagou os ideais iluministas. Trata-se, então, de um raciocínio moderno ou de um lamento pelos valores e promessas perdidas da modernidade.
Desse modo, a noção de que ser ?moderno? significa um retorno aos antigos mudou com a idéia do progresso sem fim do conhecimento e do avanço infinito para o aprimoramento social e moral. Para Habermas, o relacionamento entre moderno e clássico perdeu completamente suas referências com uma história fixa. Ele toma Baudelaire como exemplar do espírito e do exercício da estética da modernidade. Nesse autor, torna-se evidente o intuito anárquico de ruptura com o contínuo da história.
Finalmente, o questionamento de Habermas fica para reflexão: deveríamos tentar ater-nos às ?intenções? do Iluminismo, por frágeis que sejam, ou deveríamos declarar causa perdida todo projeto de modernidade?
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