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Violência: porque existe?
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A queda na violência é um dos aspectos paradoxos das consequências. Para compreender bem este aspecto temos que explicitar a dupla distinção entre acção racional por fim e acção racional por valor e a distinçãpo entre a ética da responsabilidade e a ética da concicção. A acção racional por fim diz respeito ao individuo que escolhe razoavelmente o fim, comparando os fins entre si, e que depois escolhe os meios mais adequados e que calcula as consequências previsiveis. A acção racional por valor diz respeito ao individuo que orienta a sua acção unicamente em função da sua convicção sem preocupar-se das consequências previsiveis. Ele põe-se ao serviço de uma causa ou de um valor. Aqui o individuo propõe-se realizar um valor exclusivo sem confrontação com os outros valores e sem reflexão critica sobre a oportunidade dos meios e das consequências. A acção racional por valor torna-se totalmente irracional à medida que o valor que se defende é mais absoluto. Quanto mais exclusivo e absoluto for esse valor menos o agente suportará o irracional e mais facilmente cairá na violência. Ele quererá mudar o mundo para submete-lo exclusivamente ao seu valor. Ao nível da ética, a acção racional por fim corresponde à ética da responsabilidade a a acção racional por valor corresponde à ética da concicção. O partidário da ética da responsabilidade calcula o que é possivel fazer, ele avalia os meios para atingir o fim tendo em conta a sua responsabilidade perante os actos e prevendo as consequências. O partidário da ética da convicção é um homem de pureza intransigente. ele toma unicamente em consideração o seu dever sem se preocupar com os meios nem com as consequências , o partidário da ética da convicção não admite a irracionalidade do mundo, ele quer reformar o mundo em função dos seus valores. È o caso do profeta e, sobretudo, do revolucionário que acha que o mundo é irracional porque não está em conformidade com o mundo. Para o revolucionário é antagónico a ele e quer suprimir a todo o custo estes antagonismos.Por conseguinte, ele quer constranger os factos é, por isso, que ele cai na violência porque, precisamente, os factos são teimosos, eles resistem à vontade dos homens. Moralmente o revolucionário rejeita os meios perigosos mas na prática ele cai na violência. É o paradoxo das consequências: - os movimentos anti-abortos que em nome da defesa da via vai-se matar. são um exemplo. Quer-se reformar o mundo em nome da própria convicção e cai-se na violência Encontra-se também o paradoxo das consequências na atitude do grande inquisidor. Segundo o grande inquisidor tudo está errado na mensagem e na obra de Deus, portanto, o que deve prevalecer contra om livre arbitrio do Homem é alógico.Por outras palavras, o inquisidor reprova a Jesus não ter forçado a fé dos homens, recusou domar a consciência dos homens.
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