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Antonio Gramsci - Resenha
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Autor da obra Cadernos e Cartas do Cárcere e membro do Partido Comunista Italiano, Antonio Gramsci acreditava em um projeto político que provocaria uma revolução socialista e a derrubada do fascismo. Para que isso acontecesse era necessário haver uma mudança na cultura formando assim uma nova mentalidade do proletariado italiano tendo a escola e os intelectuais como causadores dessa transformação. A educação tem papel central no pensamento gramsciano e a escola é considerada como instituição capaz de formar novos intelectuais (ou intelectuais orgânicos) que agiriam no processo da tão desejada hegemonia civil. Ele criticou as academias literárias intelectuais da época dizendo serem elas ?cemitério de cultura? que somente tinham o objetivo de satisfazer a classe dominante. Defendia a socialização da educação e da cultura intelectual sugerindo que os intelectuais tradicionais contribuíssem para a extensão do conhecimento à população geral através das parcerias com universidades. Havia na época dois tipos de escola: a clássica(voltada para a classe dominante) e a profissional(voltada para a classe trabalhadora). O teórico defendia uma única escola que aliasse o conhecimento do trabalho manual e capacidade intelectual: a escola única ou elementar. Essa escola, dizia ele, não deveria ?hipotecar o futuro do jovem e não constringir a sua vontade, a sua inteligência, a sua consciência em formação a mover-se dentro de um trilho com direção pré-fixada; uma escola de liberdade e de livre iniciativa e não uma escola de escravidão e mecanicidade? (Gramsci, 1975). Primava pelo principio da igualdade, base da filosofia de Karl Marx, defendendo que o trabalho e seu aperfeiçoamento eram o ponto de partida para essa conquista. A escola única realizaria o processo de igualdade, pois como instituição ativa mesclaria teoria e prática nas atividades laborativas dos homens com o objetivo de educar as classes subordinadas para o cumprimento de seu papel na sociedade em seu caráter coletivo e não apenas individual. Toda essa revolução na educação visava derrubar a extinção do modelo educacional que fazia dos alunos meros depositários do saber sem poder transformador. Nesse tipo de escola, o aprendizado científico não tinha um sentido para a finalidade prático-profissional, porém tinha como base as tradições culturais européias que ainda prevaleciam como a língua grega e o latim. Essa educação estava entrando em crise devido a ascensão da cultura industrial e científica da época. Nesse contexto histórico era fundamental a instituição de uma escola que baseasse em conceitos cientifico e tecnológicos e aliasse a teoria à prática. O proletariado só poderia chegar a alguma posição através da revolução educacional que era proposta por Gramsci. A educação além de ser necessária para a interação dos seres humanos com a natureza e entre si é a maneira de fazer com que uma civilização possa revolucionar sua cultura formando cidadãos capazes de participar ativamente no cenário político e social de sua nação.
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