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As Relações de Trabalho & a Urbanização


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A maior expressão da sociedade contemporânea é a cidade, que é um espaço geográfico construído; natureza transformada. A cidade não é uma paisagem estática; é a expressão de uma sociedade múltipla, com intenso fluxo de informação, pois age como um pólo de atração de pessoas que carregam certos contrastes regionais.

A cidade possui movimento. Sobre um espaço construído constrói-se e reconstrói-se; sendo a urbanização um processo que é parte de outros processos de caráter mais amplos.

Transformações políticas, econômicas e culturais atuam na origem e evolução das cidades.

Há inúmeros papeis urbanos com acentuadas divisão social e do trabalho. As primeiras cidades fundadas pelos portugueses na faixa litorânea do Brasil eram essencialmente mercantis, cidades-porto, por onde escoavam o pau-brasil, a cana-de-açucar e o café, sucessivamente. O Brasil se estipulava à econômica mundial como colônia agro-exportadora.

Com a independência do país, esse papel mercantil das cidades reforçou-se. A faixa litorânea teve sua densidade demográfica aumentada, e a rede urbana estendeu-se para o interior.

Em São Paulo os ingleses e os fazendeiros do café começaram a construir ferrovias para a escoação de matéria-prima ou de manufaturas. Em torno das grandes fazendas de café formaram-se novos povoados (embriões de cidades).

Até 1930 o Brasil continuou sua expansão territorial baseada na agricultura para exportação, a monocultura: cana-de-açucar, café, cacau e outros.

A partir de 1930, as funções urbanas se ampliaram devido à aceleração do processo de industrialização. O setor de serviços conferiu ao espaço urbano uma crescente importância na divisão social e técnica do trabalho, desenvolvendo-se no país o binômio urbanização-industrialização; redefinia-se o eixo da urbanização.

O governo de Juscelino Kubitschek com o slogan ?50 anos em 5?promoveu a industrialização e modernização da economia do país, além de transferir a capital federal para o Planalto Central com a construção de Brasília.

Os governos militares, após 1964, continuaram a propiciar condições favoráveis aos investimentos financeiros no país. Nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, surgiram políticos liberais nos paises subdesenvolvidos que facilitaram a associação entre o capital internacional e o nacional, até a década de 1970.

Atualmente as cidades são o lugar da reprodução financeira do capital, o lugar onde circulam as idéias e as informações.

No passado, havia uma dependência muito grande em relação ao campo, por ser este a fonte geradora de riquezas. Com o desenvolvimento industrial, apesar da contínua necessidade de matérias-primas produzidas no campo, as cidade passaram a inverter os papeis, gerando preponderância sobre o campo, em função da sofisticação, da variedade e do valor agregado da sua produção.



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