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General Patton
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Polêmico, extravaaente, patriota e anticomunista ferrenho, o general norte-americano George Smith Patton (1885-1945) foi um dos personagens mais extraordinários da 2 GM. No comando do 3 Exército dos EUA, ganhou notoriedade ao cruzar a Europa a uma velocidade espantosa, percorrendo 2000 Km e reconquistanto vasto território. Seus homens libertaram cerca de 12 mil cidades e povoados, fizeram 1,2 milhões de prisioneiros, deixaram 386 mil feridos e mais de 144 mil soldados mortos. Patton era odiado e amado na mesma proporção por seus comandados. Certa vez, esbofeteou um soldado que estava aos prantos num hospital militar, após a tomada de Palermo. Uma atitude grosseira, que parecia não combinar com um homem casado, duas filhas, que tratava seu bull terrier willie com desmedido carinho, falava francês, compunha poesias, gostava de desenhar seus uniformes e portava uma pistola colt 45 com cabo de marfim. Patton era um militar personalista, rebelde e talentoso, que virou mito no pós-guerra, afirma Carlos Eduardo Riberi Lobo, professor de relações internacionais. Por conta de sua incrível capacidade de liderança e domínio da tática de blindados, Patton teve ascensão meteórica no Exército. Quando os EUA entraram na guerra, em 1941, o general Eisenhower, ex-companheiro de caserna e comandante supremo dos aliados, convocou-o imediatamente. Não se arrependeu. Em novembro de 1942, sob a liderança do estreante Patton, o Marrocos, a Argélia e boa parte da Tunísia foram libertados ? O general alemão Rommel, comandante do Afrika korps ficou encurralado na capital, Tunis. Como ressalta Antônio Pedro Tota, professor de história, o 3 Exército dirigido por Patton tornou-se referência militar. ?Foi o mais longe, o mais rápido e combateu mais divisões em menos tempo que qualquer outro exército na história dos Estados Unidos?. No sul da Itália, Patton escancarou sua rivalidade com o general britânico Montgomery. Outro adversário era o então subcomandante americano Bradley, que o ultrapassou na cadeia de comando. Na Sicília, Patton recebeu ordens superiores para defender os flancos de Montgomery, que encontrara inesperada resistência ao tentar encurralar o inimigo e precisava de auxílio. O papel de coadjuvante não foi bem digerido. Simulando problemas de transmissão, o general americano seguiu sua estratégia e conseguiu resgatar o restante da ilha, chegando à frente do rival. A operação husky foi a maior batalha de blindados de todos os tempos, e levou à prisão de Mussolini e ao fim do regime fascista na Itália. Com o fim da guerra, Patton foi designado para um posto administrativo na Baviera. Três meses depois de sair da ativa, morreu em um acidente com um blindado sem freios, triste fim para um especialista na arte da tática dos carros de combate (CC). Até hoje, é o único general americano sepultado fora da sua terra natal.
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