Em 22 de junho de 1944, a primeira operação militar de vulto inicia durante a segunda guerra mundial, a Operação Barbarossa revelou-se um grande espetáculo de grandiosidade de técnicas de organização, combate, logística, comunicações, prisioneiros de guerra, material capturado,destruição e mortes.             Hitler conhecia bem os elementos militares russos, volume de tropa, grandes espaços, terra calcinada, janeiro e fevereiro (inverno) e a abnegação dos seus soldados, inerente ao povo e seu país, independente do regime político vigente. Em grande parte,  a derrocada germânica se deve à perda de tempo, por vários motivos, às ingerências de Hitler nos planejamentos militares, as vaidades e competições entre os comandantes militares alemães e o binômio grandes espaços x péssima rede de transportes no território russo.            O sucesso inicial alemão, quando no início da campanha, em cerca de um mês, avançou cerca de 800 Km para leste, se deve, em grande parte, ao próprio Stálin e suas medidas políticas insensatas, o expurgo de 1937 que causou grande confusão no seio das forças armadas, a guerra com a Finlândia em 1940, a sua crença no respeito alemão ao pacto de não-agressão entre russos e germânicos e a sua estratégia de querer defender toda a imensa fronteira palmo a palmo, mesmo sem ter obstáculos naturais de vulto.    Mesmo sabendo as grande dificuldades que enfrentaria, Hitler convenceu o estado - maior alemão e iniciou a campanha da Rússia, lançando-se contra cerca de 240 divisões do exército vermelho, alarmado por uma possível aliança, que já ocorrera na primeira guerra mundial, entre Inglaterra, França e Rússia e pelas movimentações de tropas feitas por Stálin em direção à Romênia (Ploesti), que era o principal fornecedor de petróleo da Alemanha.            Inicialmente, a Alemanha planejou o ataque em 3 frentes, o grupo de exércitos norte, margeando a costa do Báltico até Leningrado, antiga São Petersburgo, o grupo de exércitos do centro, passando pelas velhas cidades polonesas de Minsk e Smolensk até Moscou e o grupo de exércitos sul, entre os pântanos do pripet e a cadeia montanhosa dos Cárpatos.             Vários atrasos demandaram o início da operação Barbarossa, o principal foi nos Bálcãs, onde o governo pró-nazista iugoslavo foi derrubado, provocando o deslocamento de unidades que estavam previstas para a Rússia e, também, a desventurada ação pessoal de Mussolini na Grécia, cujo insucesso provocou mais deslocamentos de unidades para contornar a situação, provocando um atraso de 5 semanas no início das operações na Rússia, tempo que irá fazer falta quando o rigoroso inverno Russo chegar.

            O sucesso inicial contagiou Hitler e seu alto-comando, provocando diversas reações no lado russo, entre as quais, várias execuções de generais que fracassaram em conter o avanço germânico. Milhões de russos foram feitos prisioneiros e muitos morreram de fome e falta de cuidados, tendo como conseqüência, o aumento da resistência dos soldados eslavos em se render, só o fazendo em último caso, quando completamente cercados e sem munição.            Após a primeira interferência do führer na operação barbarossa, o esforço principal da campanha passou para o grupo de exércitos sul, que possuía tropas estrangeiras em seu efetivo (húngaras, romenas e italianas), o objetivo era conquistar Kiev e a região da Criméia, evitando ataques aéreos russos aos campos petrolíferos romenos.            Leningrado sempre foi a cidade mais ocidental da Rússia e seu principal porto marítimo, Stálin preocupava-se com essa ligação com o restante do mundo. Após mais uma ingerência de Hitler, o escopo da campanha passou para a conquista dessa importante metrópole, modificando grande parte da ordem de batalha alemã e provocando vários percalços e perda de tempo que irão refletir no futuro. Nessa fase da operação, os alemães tiveram a cooperação dos finlandeses, formando o Norwegen Armee para conquistar o território perdido durante a guerra de 1940.            Após a enorme determinação russa em defender Leningrado, obrigando os alemães a engajar forças e mantê-las por tempo superior ao permitido, Hitler influi novamente e muda o esforço principal para Moscou.            A diretiva Nr 35 do führer para o Ostheer (exército alemão oriental) traça o planejamento estratégico para a conquista da capital, nessa fase, os russos organizam novas frentes de batalha para poder melhor enfrentar o inimigo, aparece a figura do Marechal Zhukov que tornaria-se herói nacional na defesa de Moscou, novos equipamentos surgem (blindado T-34) em grande quantidade e após a informação do espião Sorge (alemão comunista) que o Japão atacaria os EUA em Pearl Harbor, Stálin pode deslocar grande parte das tropas estacionadas no oriente para fazer frente aos nipônicos, reforçando a defesa de Moscou. Cerca de 17 divisões das 40 foram deslocadas e colocadas à disposição de Zhukov, tropas adaptadas ao frio extremo, bem treinadas e equipadas.            O nível moral do povo russo como um todo é aumentado com o discurso de Stálin (discurso da santa mãe rússia) pregando que todos, independente de ideologias, raças e religiões deveriam defender o solo pátrio. Em contrapartida, os alemães chegaram a este estágio da campanha extremamente fatigados, com inúmeras baixas, equipamentos indisponíveis e muito castigados pelas péssimas estradas e pelo rigoroso inverno russo.

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