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Por uma Nova História do Pensamento
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Joaquim Barradas tem uma proposta para atacar a História do Pensamento. O Autor pretende com o ensaio fazer ou pensar a revisão do que se tem como História do Pensamento, a saber, o estudo da história de homens que se nos apresenta como de ruptura e dissociação entre superestruturas e estruturas condicionantes.
A tentativa de Henri Lefebvre de procurar nas relações do autor com o seu tempo a emergência de seus pensamentos, ou seja, a exposição de todo um panorama histórico da época do autor, possui uma originalidade, entretanto, esse tipo de história do Pensamento, que enfatiza o aspecto social, cai num idealismo, pois não se aprofunda no estabelecimento de relações entre o pensamento do autor e o momento histórico em que se vive.
Já Lucian Febvre, em Le Probleme de l'incroyance au XVI siècle (La religion de Rabelais), a possibilidade do pensamneto, das filosofias e dos conceitos, é tratada como parte condicionada às estruturas concretas de cada época. Com a máxima "os homens são o que podem ser...", Febvre determina os pensamentos a partir das estruturas mentais do momento histórico. Este método, no entanto, não explica a questão do surgimento das idéias revolucionárias. Aí é que deve entrar o homem. A estrutura economico-social reflete um sistema de idéias, porém o desenvolvimento destas passa pelo crivo da estrutura mental do homem.
Com essa idéia, a História do Pensamento revista levará em conta como apoio, ou testemunho do surgimento de novas estruturas de pensamento, tudo o que se relacione ao sistema de idéias, não apenas o grande pensador.
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