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Da tolerância
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Tolerância como pressuposto de convivência social e entre nações. Uma discussão atual sobre uma condição à existência pacífica de culturas diferenciadas. Um olhar precioso que se deve ter nas relações sociais que você e seu grupo fazem parte. Uma questão de racionalidade que propicia avanços da civilização e deixa para trás tristes regimes de ódio e sofrimento.
Talvez um dos maiores desafios do século XXI seja a necessidade de desenvolver uma mentalidade voltada, ao menos, à tolerância cultural no âmbito interno dos países e nas relações internacionais.
Tolerância significa compreender diferenças culturais e agir com o mínimo de respeito aos demais. Ganha notada importância para a construção da felicidade dentro dos grupos de interesses.
Diferenças de classe, etnias, religião, educação sempre vão perdurar ao passar dos tempos. Porque são construções humanas decorrentes de lentas evoluções do pensamento aplicado ao mundo exterior. Fato que chama a atenção é o estrondoso desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte que fazem do choque cultural uma constante. Em poucas horas, é possível estar em qualquer região do globo, assim como uma informação chega em poucos segundos.
Como se vê, a tolerância apresenta-se ainda com maior relevância que no tempo de nossos avós. Trata-se de poupar vidas humanas, pois o respeito permite convivência, permite a autodeterminação do ser humano. E quando práticas culturais atentam aos direitos inerentes a pessoa humana? como mutilações consideradas normais para os integrantes do grupo, mas ao simples olhar nota-se abuso? deve-se pensar e agir segundo o entendimento mentos danoso. A tolerância é e continuará a ser tema de notável atualidade. Se as pessoas tivessem sido mais tolerantes à diferença, a violência sombria de conflitos como a Primeira e Segunda Guerra Mundial teriam sido evitados. O sonho de liberdade daqueles que foram mantidos em campos de concentração ou escravizados durante toda a vida. Diferenças sempre vão existir entre as nações. Até mesmo na esfera interna de cada Estado há diferentes modos de ser, pensar, de agir que devem ser respeitados. Exemplos desta evidência são França, Israel e Canadá. São apenas exemplos, porque a quase que totalidade, senão totalidade, dos países abriga diferenças culturas que se manifestam em grupos minoritários. Caso não ocorra tal fenômeno é em virtude de um Regime Autoritário de governo. Caso interessante, também, é o da Comunidade Européia, em fase de implementação, onde todo imigrante pertencente a um Estado-membro será admitido em todos os demais. Tornar-se-á mais evidente a diferenciação cultural ou a Comunidade Européia será o berço de uma sociedade mais homogênea? Muito difícil de afirmar. É certo, contudo, que o regime de tolerância terá de continuar presente para seu sucesso. A história nos mostra os erros e os caminhos a serem seguidos.
Michael Walzer traz uma importante discussão sobre o assunto tolerância. Pode-se falar em tolerância como virtude, já que é indispensável à paz. Virtude esta que precisa ser desenvolvida deste cedo como respeito mútuo entre as pessoas. Aprender com os pais e na escola de forma a tornar-se uma pessoa que respeita seus semelhantes.
Políticas públicas no sentido da valorização da diferença são úteis. A humanidade necessita desta compreensão de tolerância. O respeito à diferença é capaz de mover o homem a uma condição de convivência pacífica. E só nesta é possível o desenvolvimento de uma sociedade que viva em paz social, possibilitando relações pacíficas na esfera internacional das nações.
A diferença é inerente ao ser humano. Seguindo o ensinamento de que onde há homem há sociedade, reforçado pelo aumento vertiginoso da população, conclui-se, inevitavelmente, que haverá choques culturais. Trata-se, então, de ser tolerante e ser tolerado. Destaque-se, é claro, condutas danosas que devem ser reguladas pelos mecanismos de controle social adequados a cada caso.
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