|
|
Página Principal : Sociologia
Platão e a Alegoria da Caverna
Publicidade
ALEGORIA DA CAVERNA ( Que serviu de base para o filme" Matrix") : Platão expôs o ?mito da caverna? no Livro VII de A República. Possui a forma de um diálogo imaginário, do qual participam o filósofo Sócrates e os irmãos de Platão, Glauco e Adimanto. No livro VII Sócrates conta a Glauco o famoso mito da caverna como um retrato da ignorância humana. Pode (e deve) ser encarada como a metáfora da nossa vida, que, como os Budistas bem sabem, é uma ilusão, um pálido reflexo da Realidade. Nos mostra o quão difícil é nossa ascensão, mas o quanto ela é gratificante para os que perseveram e alcançam o topo. Também nos ensina, através da lógica, que é muito melhor ser humilde servidor na luz do que um Rei nas trevas. E também a dureza que é tentar ajudar os que ficam lá embaixo, por estarem eles se deleitando tão somente com aquilo (o ilusório), quando há muito mais para se ver! E fica a mensagem : não se pode tirá-los à força! Vamos ao trecho do livro A República : Sócrates - Agora imagina a maneira como segue o estado das nossas naturezas relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de perna e pescoço acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as corrente os impedem de voltar à cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas. (......................................... ...................................................................................) Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol? Glauco - Por certo que sim. Sócrates - E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois se habituar à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo? Glauco - Sem nenhuma dúvida. Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública. Glauco - Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la. Obs.:É duro ter de se readaptar à luz e voltar a enxergar as sombras, após ter podido vislumbrar a realidade. O olho não se acostuma como antes, e perde-sea graça em ficar olhando sombras na parede. Mas, infelizmente ainda estamos acorrentados...
Veja mais em: Sociologia
Artigos Relacionados
- O Mito Da Caverna
- Alegoria Da Caverna
- O Mito Da Caverna
- O Mito Da Caverna
- Objetivo Da Filosofia
- Conhece-te A Ti Mesmo
- O Pensamento: A Gnosiologia
|
|
|
| |