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O Evangelho Segundo o Espiritismo


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Allan Kardec foi o pseudônimo utilizado pelo pedagogo e cientista francês Hyppolyte Léon Denizard Rivail, para escrever suas obras que o cognominaram como "O Codificador" da religião espírita.
Tendo descoberto e se convencido da existência dos espíritos, pessoas que vivem fora da matéria e verdadeira expressão da vida criada por Deus, Kardec escreveu diversas obras que descrevem a relação dos espíritos com a vida material do homem, aos quais ele chama de seres "encarnados", isto é, que vivem em um corpo de carme, portanto em um plano material.
Não se atendo aos aspectos científicos de sua descoberta, encontrou, nas lições dos espíritos esclarecidos que o iluminaram, fonte de saber religioso que o levaram a criar a "Religião Espírita", também conhecida como " Espiritismo", hoje com milhões de adeptos e seguidores em todo o mundo. Tendo por base o cristianismo, Kardec demonstrou que o espiritismo era a chave para a explicação da história da criação dos homens e também a evolução que se dá na Terra e em "todos os mundos habitados". Para explicar o fenômeno da vinda de Jesus à Terra, como mensageiro do Criador, Allan Kardec escreveu a obra "O Evangelho Segundo o Espiritismo" como forma de demonstrar a coerência entre as palavras e a vida de Cristo em relação aos preceitos espíritas, tendo recebido nisto o apoio e o concurso de diversos espíritos elevados, que corroboram, em cada capítulo, com suas elevadas lições, cada passagem bíblica do Novo Testamento, demonstrando a coerência entre Jesus e a espiritualidade, suas glórias e seu sofrimento na vida encarnada, sua assenção aos céus e sua volta ao convívio dos apóstolos e amigos, mesmo após a morte, só explicada claramente pela verdade do Espiritismo.
Em extensa "Introdução" ao livro, Kardec fundamenta seus estudos, suas conclusões, apresentando as origens desse conhecimento desde Sócrates e Platão, aos quais chama de "precursores do espiritismo".
Começando pela máxima "Eu não vim destruir a Lei", pronunciada por Jesus para demonstrar a validade e propriedade dos ensinos de Moisés, marcantes no Velho Testamento, Allan Kardec testifica as palavras de Jesus quando reitera sua fidelidade aos princípios Divinos da Lei Moisaica, recebida de Deus, em uma época de pobreza espiritual da humanidade, representada pelos judeus, único povo monoteísta à época de Moisés e por isto em condições de iniciar a jornada religiosa da humanidade. Prosseguindo com as lições de Jesus, explica cada ato considerado "fenômeno" sob a luz da teoria espírita e assim faz mais explicável a leitura e a aceitação do Texto Sagrado.
Finalmente fundamenta a religiosidade da obra apresentando preces e instruções que promovem a concordância entre os seres humanos e promovem a melhoria íntima de cada um.


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