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MULHERES: uma história de progresso social e político
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Mesmo que Ségolène Royal, candidata que está no 2º turno das eleições presidenciais da França, não ganhar nas urnas, as mulheres já podem comemorar um pulo sem precedente na História. Se fossem nação poderia se dizer que passaram de um Gabão a uma Espanha, e se uma espécie, sua evolução equivaleria à passagem da idade da pedra à idade do Pentium em cem anos. É preciso lembrar que no começo do século passado, mulher não votava em nenhum lugar do mundo e que fora o trabalho manual em certas indústrias, em muitos casos semi-escravo, não exerciam nenhuma profissão além das tradicionalmente femininas. Na metade do século passado no Brasil e em boa parte do mundo, eram raríssimas as médicas, entretanto, hoje, em qualquer formatura de medicina, há duas mulheres para cada homem. O mesmo se dá na arquitetura, no direito e, no jornalismo, homens já são vistos como uma certa estranheza nas redações. Há quem afirme que eles ainda detêm a maioria dos cargos de chefia, mas a finalidade é mantê-los onde podem ser vistos, longe do que interessa. Atualmente são feitas experiências com métodos de inseminação que dispensam o espermatozóide e talvez logo as mulheres decidam que homens não servem nem mesmo para a reprodução. E pra fazer rir, Luis Fernando Veríssimo, nesta sua crônica meio verdadeira, meio engraçada, diz que há quem fale que, em breve, a única atividade exclusivamente masculina no mundo será a de - drag queen - e que quando se fizer uma retrospectiva do espantoso avanço das mulheres, talvez elas dediquem algumas linhas aos homens: uma nação vencida.
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