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Biopoder, BIOPOLÍTICA E MEIO AMBIENTE
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A ação antropogênica e suas consequências para o meio ambiente é complexa e passará a se articular cada vez mais com o Biopoder e a Biopolítica.
O Biopoder e a Biopolítica buscam controlar a vida e o futuro das pessoas através dos dogmas do higienismo, hereditariedade, eugenismo, biometria, medição do Q.I e do controle da natalidade, legando feroz embasamento às práticas racistas e etnocêntricas.
Analisar questões ambientais sem conhecer a Geopolítica é um erro metodológico. Se o mapa dos Centros do Poder foi desenhado em torno das guerras pela conquista do petróleo e minérios, agora ele será resignificado através do impacto ambiental.
Metodologicamente, é preciso cautela, pois questões ambientais se articulam ferozmente com as variáveis econômicas e com os modos de produção, distribuição de renda, PIB, balança comercial, inflação, deflação, emprego entre outras.
Afirmar categoricamente que na base para a resolução de todos os problemas ambientais está o controle de natalidade e a educação ambiental, exige cautela, mas não é um equívoco.
O imediato controle da natalidade se faz necessário, mas ele esbarra em milenares dogmas religiosos e dogma não se questiona, infelizmente, cumpre-se cegamente em nome da fé! É preciso também considerar que a justa distribuição de renda reduz o impacto ambiental quando aliada à educação ambiental que promove a consciência ecológica e se traduz em ações cotidianas de preservação.
Reverter o consumismo desenfreado implica em mudar comportamentos inadequados que foram moldados pelo quarto poder: A mídia capitalista, mestra que transformou felicidade e prazer em sinônimos! Se você está triste, compre, compre, compre ainda mais e sinta-se feliz!
Há um alto preço a ser pago para se viver com dignidade numa grande metrópole! Viver com dignidade implica em ter saúde mental: Quanto mais se confunde prazer com felicidade maior fica a montanha de lixo. Considere que não se joga o lixo fora, apenas mudamos o lixo de lugar!
Infelizes equivocados compensam sua tristeza comprando objetos e assim a mídia triunfa e cumpre seus desígnios caminhando na contramão da preservação do meio ambiente.
Ao final desse equívoco existencial, chega ao infeliz três contas: do cartão de crédito e do impacto ambiental. A primeira pode ser negociada, a segunda tem solução lenta. A terceira conta a ser paga, para quem confunde prazer com felicidade e gera montanhas de lixo, é a conta do psicanalista!
A boa notícia é que cada vez mais as escolas estão incorporando em sua grade curricular a educação ambiental e os educadores crêem que essa geração é capaz de fazer melhor do que seus pais avós fizeram em relação à natureza.
A educação ambiental é eficaz e significativa quando foge do maniqueísmo e dialeticamente analisa impactos ambientais e propõe soluções sustentáveis: Quem são os vilões e benfeitores do meio ambiente?
Uma empresa que polui o meio ambiente, também gera empregos, então, o que é certo e o que é errado? Melhor é discutir com o aluno que é possível uma empresa fabricar seus produtos com baixo impacto ambiental e que re-aproveitar, reduzir e reciclar os resíduos gerados nos processos industriais, fundamental para preservação do meio ambiente: É assim que os gestores éticos fazem em suas corporações, onde a responsabilidade social é regra!
A reversão das consequências ambientais será em logo prazo e se exige mudança imediata e drástica nos modos de produção e consumo, isto implica em perder poder econômico e político. Poderosos tecnocratas não querem perder poder: ?O poder faz mal a quem não o tem? (Puzo)
A ação humana em direção à preservação do meio ambiente afronta e mitiga o capitalismo: Alteram-se a Geopolítica e seus mapas do poder a cada desertificação e a área inundada. Os conceitos de Biopoder e Biopolítica adquirirão significados intrínsecos à questão ambiental.
O Biopoder e a Biopolítica nas mãos dos tecnocratas ditarão como será o futuro do valor vida, que é único em nosso planeta!
Os donos do poder, ainda mais concatenados com as grandes corporações, que não querem perder poder econômico, político e tecnológico, idealizarão as ?guerras ecológicas?.
Os pobres ficarão mais pobres por causa do aquecimento global, formando uma imensa população de miseráveis. Os ecomigrantes e os refugiados do clima serão eficazes marionetes do Biopoder e a Biopolítica.
Para controlar com eficácia a população global e refazer os mapas do poder, os ?biotecnocratas? manipularão informações sobre as catástrofes ecológicas:
Surgirá uma nova modalidade de guerra, propositalmente bem confusa em seus objetivos, onde a comunicação instantânea será a mais precisa arma de destruição, fomentando pânico entre as sofridas populações que se autodestruirão em busca de refúgio. Daí a confusão: gerar desinformação é antiga tática de guerra para se destruir o inimigo!
As vítimas famintas do aquecimento global e da desertificação, darão credibilidade aos comandantes e em nome da água potável e de um solo fértil distante das áreas inundadas, o mapa-mundi será cruelmente refeito.
Conhecimento de como se pode e se deve usar os recursos naturais sem destruí-los, já é ensinado nas escolas, mas diante da imensa devastação, não se sabe se dará tempo de recuperar o planeta! Falta ensinar como desarticular os Centros do Poder: Utopia? Vencemos a varíola, as gripes, o sarampo e sabemos como evitar a peste, isto é uma esperança fundamentada na capacidade que o Homem tem de gerar conhecimento e tecnologia para transformar a realidade e garantir a perpetuação da espécie.
Não vencemos a fome por falta de boa vontade política: Será que o mesmo ocorrerá com a devastação ambiental?
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