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A nova era das ditaduras
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Alguns acreditam que, com a morte de Pinochet e a próxima morte de Fidel Castro, estará extinta a era de ditaduras na América Latina. No entanto, as ditaduras não estão acabando, mas tendo um upgrade.
Uma distinção: há ditaduras reacionárias e revolucionárias. As primeiras são temporárias, visam à restauração de um estado anterior e se diluem tão logo alcancem seus objetivos. Já s revolucionárias criam do nada um novo mundo, através de transformações tão profundas e tão perversas que quando se extinguem não se pode nem restaurar um estado anterior nem criar um novo padrão de normalidade.
Ditaduras reacionárias como foram em Portugal, Chile e Espanha, muitas vezes deixam saldos positivos depois de extinto o pesadelo. Os países acima eram livres e prósperos quando se desvencilharam de seus ditadores.
Ditaduras revolucionárias só deixam rastro de morte e devastação que resultam numa decadência longa e irreversível ou em novas ditaduras. A França do antigo regime era a nação mais poderosa do mundo. Após a revolução vem de queda em queda até tornar-se uma burocracia falida. O Vietnã e a Coréia do Norte não se levantam. A Rússia é caos e corrupção. A Alemanha foi salva desde fora.
São características das ditaduras em formação na América Latina: 1 - são todas revolucionárias; 2 ? são resultado de uma articulação continental iniciada na década de 60 com as OLAS (Organização de Solidariedade Latino-Americana) e começou a colher frutos com a criação do Foro de São Paulo em 1990;
A revolução tem vindo de vitória em vitória, com um pequena resistência apenas da parte ligth da esquerda, que apesar de algum escrúpulo democrático são escravos do ideológicos do mito revolucionário.
A possibilidade de o processo ser freado por eventuais ditaduras reacionárias é praticamente nula. A revolução tem o apoio dos poderes internacionais e da grande mídia européia e americana e a máquina democrática interna de cada país já foi tão bem alterada que agora só serve para legitimar a tirania por meio da aprovação popular.
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