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A revolução traída
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O livro A Revolução Traída, de Leon Trotsky, foi escrito em 1936, num momento em que a burocracia soviética ?parecía inquebrantable y su autoridad indiscutible?. Resumiremos a seguir os capítulos III, IV, V e VI. Intitulado El Socialismo y el Estado, neste terceiro capítulo, o autor mostra o verdadeiro programa apresentado por Marx, Engels e Lênin para a construção de uma possível sociedade igualitária, mostrando o direcionamento a ser tomado. No entanto, segundo o autor, o que se viu na realidade foi uma separação entre o programa e a realidade no Estado Stalinista, na medida em que o Estado adquire uma natureza dupla: socialista, quando defende a apropriação coletiva dos meios de produção; e burguesa, em que a partilha dos bens é efetuada pelos capitalistas. Essa dualidade das funções do Estado não poderia deixar de manifestar-se na sua estrutura. Sobre a burocracia na URSS, Trotsky faz a seguinte análise: ?La burocracia militar y civil no es un resultado de las necesidades de la defensa, sino de una transferencia de la división de la sociedad en clases en la organización de la defensa?. Uma outra reflexão feita pelo autor está na ditadura do proletariado, na qual o Estado, como aparelho burocrático, começa a agonizar ?desde el primer día de la dictadura del proletariado?. No IV capítulo, o autor afirma que os problemas relativos ao dinheiro tem diversos aspectos comuns com os problemas do Estado, pois ambos se referem ao rendimento do trabalho. Segundo ele, as dificuldades econômicas passam necessariamente pela burocracia. ?En los medios dirigentes prevalecía la opinión de que la inflación no era de temerse en una economía planificada?, afirmou Trotsky, acrescentando que a inflação significava uma cobrança e imposto extremamente pesado para os trabalhadores. Para a oposição ?a inflação é a sífilis da economia planificada?. No quinto capítulo, Trotsky define o Termidor soviético como a vitória da burocracia sobre as massas. Nele, o autor avalia a revolução de Outubro a partir do proletariado, mostrando que as massas foram eliminadas da efetiva participação no poder, já que a burocracia conseguiu ser o protagonista da história. Trotsky afirma ?figura de segundo plano para as massas e para a revolução, Stalin revelou-se o chefe incontestado da burocracia Termidoriana, o primeiro dos Termidorianos?. No último capítulo estudado, o autor faz uma discussão sobre o aumento da desigualdade e as diferenças sociais na URSS, haja vista que o ideário igualitário do socialismo não estava se concretizando e muito menos caminhando ao ideário comunista. No texto, um exemplo dessas diferenças está na questão salarial, que acaba por agravar os privilégios arbitrariamente criados. Trotsky faz uma análise do aparelho burocrático, mostrando como a camada superior da pirâmide está ampliada e multifacetada. E procura estender sua critica ao partido bolchevique, pois este, segundo o autor, havia desejado ser uma vanguarda do proletariado para depois se transformar em uma organização política a favor da burocracia.
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