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Relações Internacionais da Arábia Saudita
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A Arábia Saudita possui fortes laços com as nações do Oriente Médio, Estados muçulmanos e alguns outros países como EUA e Japão. Um dos fatores que influem nessa boa relação com os Estados vizinhos é que muitos lugares sagrados do islamismo estão em solo saudita, e, dessa maneira, milhares de peregrinos visitam o país anualmente. Outra questão que influenciou essa cooperação regional diz respeito a um interesse comum entre os Estados situados no Oriente Médio: a produção de petróleo. Como um dos países mais influentes da região, a Arábia Saudita empenha-se para fomentar o desenvolvimento em países árabes e muçulmanos menos desenvolvidos. No entanto, em alguns momentos o Estado saudita chegou a suspender as relações diplomáticas com alguns países, como Irã e Egito, mas mesmo assim continuou exercendo seu papel imponente no Oriente Médio. Vale informar que Arábia Saudita mantém relações diplomáticas mais ?fortes? com outros Estados membros do Conselho de Cooperação do Golfo, como: Barém, Omã, e os Emirados Árabes Unidos. Além disso, o país árabe apresenta uma posição diplomática complexa entre o Oriente Médio e oeste. Procurou consistentemente promover a unidade árabe, defender interesses árabes e islâmicos, e uma definição pacífica do conflito entre Israel e Palestina (porém, insiste que Israel se retire dos territórios ocupados em 1967). Por outro lado, a Arábia Saudita é um grande sócio com o oeste na seara econômica e no combate ao terrorismo. Alguns no mundo árabe condenam o Estado saudita por seu relacionamento com os Estados Unidos, que é visto como o grande protetor de Israel. Decorrente dessa visão que alguns países árabes têm da Arábia Saudita, quando houve, em 1990, a invasão do Iraque ao Kuwait, Jordânia, Iêmen, e a Organização para a Libertação da Palestina recusaram o apoio da coalizão saudita. Porém, durante cincos anos de Guerra do Golfo fizeram com que o Estado saudita normalizasse suas relações com a OLP e com a Jordânia. Assim, a Arábia Saudita tentou fazer o papel de pacificador, obtendo resultados variados. Em 1981 o rei Fahd ofereceu ?terra para uma iniciativa de paz? no intuito de facilitar as relações e amenizar as tensões no relacionamento entre OLP e Israel, e, em 2002, oficiais sauditas emitiram uma versão atualizada da proposta que veio a ser conhecida como ?a planta árabe da paz?. Entretanto, a iniciativa saudita mudou de assunto quando os Estado Unidos deram inicio ao seu próprio ?mapa rodoviário? para a paz em 2003. Em 2005, a Arábia Saudita foi instrumento para exercer pressão sobre a Síria para retirar suas forças do Líbano. Os relacionamentos econômicos com os Estados Unidos permanecem fortes, mas o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 estabeleceu uma tensão considerável no relacionamento entre os governos árabe-saudita e norte-americano. O Estado saudita representava um de somente dois governos a reconhecer a administração do governo Talibã<1> no Afeganistão, e 15 dos 19 seqüestradores dos aviões usados nos atentados de 2001 eram de origem saudita. Mesmo com uma tensão estabelecida entre Estados Unidos e Arábia Saudita, o governo árabe-saudita mostrou-se disposto a cooperar com o governo norte-americano, conseqüentemente, atos terroristas também foram cometidos dentro da Arábia Saudita. Embora seja visto como governante muito flexível para questões que envolvem o oeste e Oriente Médio, o príncipe Abd Allah condena a invasão dos Estados Unidos ao Iraque e recusa-se a oferecer auxílio militar ao país norte-americano. Em suma, os grandes temas tratados nas relações internacionais promovidas pelos sauditas envolvem principalmente Estados Unidos e Oriente Médio. Em função de suas relações com o país norte-americano, o Estado saudita muitas vezes é tido como ?vilão?, especialmente no que diz respeito a certos posicionamentos político-econômicos. No entanto a situação de potência regional da Arábia Saudita, apesar de alguns ?conflitos?, ainda se mantém.
<1> Segundo a enciclopédia on-line Wikipédia, ?o Talibã é um movimento islamita nacionalista da etnia afegane pashtu, que efetivamente governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, apesar de seu governo ter tido o reconhecimento de apenas três países: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Paquistão?.
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