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Viagens - A França descobre o Brasil - 1503
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VINTE LUAS
A expedição do capitão Binot Paulmier de Gonneville a bordo da nau ? L?Espoir? partiu do porto de Honfleur, França, a 24 de junho de 1503. Em 18 dias alcançaram as Canárias, depois permaneceram dez dias em Cabo Verde onde trocaram arroz e galinhas pretas por miçangas e ferro com o navio Cuxu. Seguiram o périplo africano por seis semanas com ondas altas,freqüentes chuvas fétidas que manchavam as roupas e provocavam bolhas na pele. A 12 de setembro cruzaram a linha do equador e viram peixes voadores em bandos e com asas de morcego e , ainda, golfinhos e peixe-galo. Começou também o ?mal do mar?, o escorbuto em dois terços da tripulação. Já em nove de novembro sentiam muito frio e vento contrário e passaram três semanas sem nada avançar. Morreu o piloto principal de apoplexia súbita. Ocorreram fortes tormentas que obrigou-os a se deixarem levar por alguns dias ao sabor do mar...perderam a rota. Surgiu então uma calmaria e ficaram parados de novo...?começaram a ver pássaros e descobriram uma grande terra a cinco de janeiro de 1504. O gentio daquelas paragens especialistas os índios Carijós> era amistoso:?seus leitos são esteiras macias cheias de folhas ou penas. suas cobertas de peles de animais ou plumagens...? Gonneville não relatou a localização de tal ponto da costa. O rei daquela nação chamava-se Arosca:?seu país tinha a extensão de um dia, e era povoado de cerca de uma dúzia de aldeias...?. Arosca possuía seis filhos que viam sempre ao navio. O chefe nativo era, nas palavras de Gonneville:? de postura grave; estatura média,gordinho,de olhar bondoso, em paz com os reis vizinhos// pena verde no cocar...?. Guerreavam, entretanto, com os do interior e os franceses recusaram um convite para participarem de uma peleja. Os nativos impressionados com os bilhetes ?não conseguiam explicar como o papel podia falar. Os franceses se abarrotaram de víveres trocados por quinquilharias. O capitão mandou fazer uma cruz de madeira e a ergueu como símbolo de que cristãos haviam por ali passado. O navio foi limado e calafetado. Arosca permitiu que levassem seu filho Essomeriq e um acompanhante , Samoa, com a promessa de devolvê-los em ?vinte luas?, no mais tardar. O príncipe aprenderia artilharia, a fazer espelhos, facas,etc. Na hora da partida o povo todo deu um grande grito e faziam o sinal da cruz com dois dedos cruzados. Em alto mar a febre matou mais quatro, Samoa e o cirurgião entre eles. Quando Essomeriq adoeceu resolveram batizá-lo <14 de setembro> como Binot < nome do padrinho> e parece que o batismo curou-lhe a alma pois logo ficou sadio. A dez de novembro aportaram em terra firme. Encontraram índios rudes com os lábios furados com pedras verdes e cabeça meio raspada comedores de homens se eram tupinambás,tupiniquins ou goitascazes>. Alguns homens que foram pegar água foram traiçoeiramente atacados e mortos por eles. Gonneville subiu mais a costa e encontrou índios amistosos que carregaram o navio de víveres. Na volta foram obrigados a fazer escala na Irlanda para reparar buracos no navio. A 7 de maio nas proximidades das Ilhas Jersey foram atacados pelo pirata inglês Edouard Blunth e conseguiram fugir mas, apareceu outro pirata, francês, capitão Mouris Fortin. Gonneville autorizou lançar o L?Espoir contra os recifes. Parte da tripulação salvou-se e chegou a costa. Doze homens morreram na luta e quatro depois de seus ferimentos.O navio perdeu-se e ainda foi saqueado pelos piratas. Os sobreviventes estavam de volta a Honfleur em 20 de maio de 1505 com 28 almas ainda respirando, entre elas, Essomeriq, o príncipe americano.Tupi
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