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A Nau francesa ESPERANÇA-1503


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L?ESPOIR ? 1503

Os franceses corriam por fora

No mesmo ano <1503>, em que Américo Vespúcio
chegou a Cabo Frio, um consórcio de normandos encabeçado pelo capitão Binot
Paulmier de Gonneville e seus parentes
armavam uma expedição singular: A nau L?Espoir demonstrava que,
mesmo após a partilha por S.S. o Papa, do Novo Mundo entre Portugueses e
Espanhóis a França ?correria por fora? nas rotas das descobertas. O ?Esperança? era um navio redondo quanto ao
casco e quanto a vela, com acastelamento na proa e na popa e boa estabilidade.;
Não navegava de bolina, isto é, contra o vento em ziquezague como as caravelas.

O consórcio era dividido em três partes: Armadores
que construíram um navio novo; Tripulação marujos e técnicos> e o Avitulhamento que fornecia os víveres,
mercadoria, pólvora, utensílios miúdos, etc. O lucro era dividido. No L?Espoir
havia do bom e do melhor e nenhuma economia foi feita. Normalmente a água era
abastecida para quatro meses e o L?Espoir tinha estoque para um ano, podendo
ser caracterizado como navio de descoberta. Colombo só levou água para seis
meses.

Os franceses para tal empreitada
contrataram dois portugueses com altos salários: Bastião Moura e Diogo Couto.
Tais portugueses com certeza tinham participado das grandes navegações de Vasco
da Gama, de Cabral ou de Gonçalo Coelho. O piloto foi Colin Vasseur, o
co-piloto Nollet Epeudry. Dois dos consorciados vieram a bordo: Andrieu De La Mare e Antoine Thiéry. Um
total de sessenta almas embarcaram no L?Espoir.

Na tradição francesa até um Jean Cousin,
de Dieppe , teria descoberto o
Brasil em 1488.

?A Esperança?, de 120 toneladas,
era equipada com dois canhões, dois canhonetes, seis falconetes e duas
bombardas de ferro fundido. Ainda do armamento carregava quarenta mosquetes,
arcabuzes e outras armas; mil e seiscentas libras de balas de diversos calibres para a artilharia mais
metralhas, pólvora, mechas,etc. Também levava quarenta lanças,
dardos,partasanas , adagas e carretas . Entre outros
equipamentos tinha duas âncoras além das ordinárias libras>, cabos reservas em boa quantidade. Para a troca de velas levava 600
varas de lona de algodão e ainda machadinhas e timão extra também. Biscoitos,
grão e farinha para dois anos. Ervilha, fava, toicinho, carne de cabra e peixes
salgados e secos; sidras e outras bebidas mais água para um ano. Um cirurgião
com todos os medicamentos e instrumentos. Trezentas peças de tecidos diversos;
enxadas, foices, relhas, segadeiras no total de quatro mil. Dois mil pentes de
várias espécies. Cinqüenta dúzias de espelhinhos, seis quintais de miçangas de
vidro "arrobas" ou cerca de 58,8 kg>; oito quintais de quinquilharias de
Ruão; vinte grosas de facas e canivetes; um fardo de alfinetes e agulhas; vinte
peças de droguete, trinta peças de fustão;quatro peças de tecido tingido
escarlate; oito peças de tecido de diversas estampas;uma peça de veludo com figuras
e outra dourada; uma caixa de moedas de pratas.

A tripulação recebeu os sacramentos antes
de partir. Não havia capelão a bordo do navio. Partiram do porto de Honfleur a 24
de junho ? dia de São João Batista- de 1503.

O manuscrito de doze folhas autenticada do original do século dezeseis> sobre a viagem foi encontrado em 1869
por Paul Lacroix na biblioteca do Arsenal

Veja outro artigo ? ?Vinte luas? ? A
expedição de Gonneville.Baseado no livro "Vinte Luas".

Tupi.



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