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Os efeitos da primeira Guerra Mundial


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Os efeitos da primeira Guerra Mundial

Quando em novembro de 1918 a Alemanha celebra com os aliados um armistício, ponto fim a mais de quatro anos de guerra, seus efeitos sobre a economia-mundo capitalista já eram patentes, antes mesmo que todas as questões fossem regulamentadas pelo Tratado de Versalhes em junho de 1919.
Em primeiro lugar, a Europa perdera sua posição hegemônica para os Estados Unidos, que se viam credores da incrível soma de 4 bilhões de dólares. Mesmo os países neutros acumularam grandes prejuízos, decorrentes dos efeitos econômicos adversos que a guerra lhe ocasionou.
Em segundo, o Japão foi um dos grandes beneficiários do conflito. Apoderou-se de todas as colônias alemãs do Pacifico, atingiu até os mercados da costa oeste americana, a partir de 1917.
Em terceiro, as enormes perdas das marinhas mercantes, da ordem de 13.007.650 toneladas brutas, das quais 7.756.659 apenas da Inglaterra, desorganizaram completamente o comercio internacional.
Em quarto, a contribuição das colônias para o esforço de guerra aliado foi substancial, o que levou suas elites à convicção de que alguma forma de autogoverno seria nelas permitido.
Em quinto, a Rússia desde novembro de 1917 estava sob um governo bolchevique que declarou nulas todas as obrigações contraídas pelos governos anteriores...?
E em sexto, havia a convicção geral entre os aliados de que as Potências Centrais ? particularmente a Alemanha ? , pagariam pelos colossais danos que a guerra causara, a fim de restaurar a antiga prosperidade européia.
Na verdade, a combinação desses efeitos refletia uma mudança estrutural do sistema econômico capitalista, embora a maior parte dos contemporâneos não se tivesse dado conta.
O problema básico, no entanto, era que o instrumento mais adequado até então empregado pelo sistema capitalista para assegurar o desenvolvimento econômico ? o imperialismo ? estava sendo bloqueado em sua plenitude pelas crescentes resistências das áreas periféricas. E mais importante ainda, pela incapacidade das áreas centrais européias em retomar, de imediato, seu antigo nível de disponibilidade de capital e de produção industrial.
Dessa forma, foi natural que os vencedores da guerra procurassem recompor suas economias fortemente abaladas às custas dos derrotados. Isso ocasionou uma serie complementar de problemas.
A Alemanha viu-se obrigada a ressarcir todos os danos provocados pela guerra ? as chamadas reparações. A forma como esses encargos foram impostos à Alemanha, marcaram toda a trajetória econômica da década de 1920, sendo a grande responsável pelo mais forte abalo que o capitalismo sofreu: a depressão da década de 1930.


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