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Página Principal : Ciências Politicas
Sistemas de comercio Estado e multinacionais
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o contexto prático da historia humana, o livre comércio tem sido deixado de lado, as épocas em que foi aplicado, por quem, como, e sob quais condições, caracterizaram estados de exceção na historia econômica, enquanto o protecionismo tem sido em geral na economia mundial, a regra prevalecente sobre as demais tentativas de aplicação de teorias econômicas. Mesmo sendo muito fortes os argumentos favoráveis ao livre comércio, o protecionismo tem ganhado sempre um maior fôlego no que tange a habilidade de influenciar. Essa descrença em relação aos teóricos do livre comercio leva, por exemplo, um partidário do pensamento esquerdista a pensar que encontramos no pensamento Marxista um exemplo de defesa da proteção do comércio nacional contra a globalização do capitalismo, no entanto como pode se observar em sua obra, Marx deixa claro seu favorecimento ao livre comercio. Esse erro se dá por conta do caminho tomado pela esquerda moderna, e das lutas de classe, assim como quem hoje habita os palanques políticos da chamada Direita, tem o mesmo discurso dos adversários. A política se abstém da discussão econômica, e os especialistas pós eleições ficam encarregados desta. O debate segue, e os defensores do livre comércio expõe sua defesa.Também vale ressaltar uma das bandeiras liberais, a vantagem comparativa, onde o país somente produziria aquilo em que ele levasse vantagem, deixando assim todo o restante de produtos para serem importados. O custo de manter industrias que não possuem capacidade de competir não vale o ideal de ter todos os produtos produzidos em território nacional. Isso faz com que o mercado trabalhe melhor em atender a população, que tem ofertados produtos de melhor qualidade, e tecnologia que talvez nem pudesse vir a ser alcançada internamente se o mercado fosse fechado. Acontece que no fim das contas, o protecionismo se torna um pesado fardo à economia de qualquer país, onde empresas que não possuem vantagens precisam de incentivos ou de barreiras comerciais para continuarem funcionando. O autor cita também que esse espírito de cooperação leva a uma crença de paz mundial, e assim à própria paz em si. Mas é exatamente o processo oposto que acontece, pois o livre comercio somente poderá ocorrer de forma ideal em condições totais de paz e de expectativa de paz duradoura, pois um país não depositaria a sua subsistência e a vida de seu povo em produtos externos, destruindo assim a produção interna, se houvesse desconfiança de que pudesse entrar em estado de guerra. Uma economia tão dependente entraria em colapso total frente a tal lapso comercial. Portanto, na verdade, a paz levaria ao livre comercio, e esse por sua vez fortaleceria os laços de pacifismo no mundo. O exemplo de como o protecionismo pode ser maléfico a uma sociedade está em que o preço de salvar empregos obsoletos, de empresas que naturalmente já deveriam estar fechadas, recai sobre todo o restante da população, é como um sistema de previdência deficitário onde os beneficiados ainda podem trabalhar, mas não são mais necessários. Os custos de cada emprego salvo em determinados países pode chegar a cifras de centenas de milhares de Dollares por emprego salvo, custo esse pago por todo o restante dos trabalhadores que fundamentalmente concordam com a idéia de salvar pais de família do desemprego, mas não seriam tão cordiais se avisados do quanto gastam em manter cada trabalhador obsoleto empregado. Um dos erros mais recorrentes dos estadistas que preferem o protecionismo ao livre comercio em sua linha de políticas públicas, está ligado ao fato de que quase sempre as empresas e setores econômicos que são protegidos por práticas protecionistas, estão entre os setores decadentes da economia, industrias em declínio, que naturalmente não teriam condições de competir e seriam excluídas do processo econômico naturalmente. Mas o poder político dessas instituições pode ultrapassar seu poder econômico, e assim elas seriam melhor atendidas pelos insumos e práticasgovernamentais que muitas vezes vem a ser ditados pelos seus candidatos eleitos. O Estado que incorre em tal meio de preservação de sua industria nacional não percebe o quanto pode ser pesado e perigoso carregar uma industria obsoleta apenas para manter uma ordem uma ordem econômica ultrapassada. Não se pode pensar que o liberalismo despreza todo e qualquer mecanismo de proteção de mercado, para a maioria esse não é um sistema ideal onde a mão invisível do mercado controla toda e qualquer ação da forma mais benéfica. Muitos autores, como Alexander Hamilton, defendem uma teoria de que as industrias jovens, iniciantes, merecem a proteção do Estado em seus primeiro anos para que possam sobreviver às empresas pré existentes, se fortalecerem e após retiradas as barreiras elas possuírem condições de competir em pé de igualdade com as empresas previamente instaladas no sistema de comercio.
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