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A IMPORTANCIA DA DIVERDIFICAÇÃO RURAL NA AGRICULTURA FAMILIAR


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A IMPORTANCIA DA DIVERSIFICAÇÃO RURAL NA AGRICULTURA FAMILIAR BRASILEIRA

A importância da agricultura familiar continua a ser destacada por estudiosos da agricultura de todos os países, tanto desenvolvidos como em desenvolvimento principalmente, que são os marcados pela forte desigualdade social. A pequena propriedade rural é de grande importância para o agronegócio brasileiro, principalmente os de características familiares,
já que nestas propriedades são produzida grande parte dos produtos que compõe a cesta básica dos trabalhadores. Mas o que estamos presenciando é um grande desestímulo, por parte dos produtores, para continuarem a produzir, já que houve uma perca considerável nos preços de seus produtos, juntamente com a elevação nos custos de produção.
O Êxodo Rural pode ser considerado uma das maiores tragédias para a sociedade brasileira de uma forma geral, já que tivemos uma inversão da população, pois saíram da zona rural para se aglomerar nos grandes centros urbanos, com isso esta havendo uma ocupação desordenada das cidades, deixando que suas terras passem a se concentrar nas mãos de poucos. O problema das migrações para a zona urbana é que, na maioria das vez, estas pessoas não tem o mínimo de qualificação estando praticamente fora da disputa por emprego formal, tendo que morar em favelas e muitas vez acabam sendo obrigado a se marginalizar, corrompendo e desarticulando a base da sociedade que são as famílias que são destruídas neste processo.
O processo de industrialização da agricultura, como conseqüência da modernização tecnológica por meio da chamada Revolução Verde, fez com que os pequenos produtores fossem perdendo sua área de atuação, já que é um paradigma, pois as inovações tecnológicas que chegaram para o aumento da produção, reduz cada vez mais os ciclos de vida dos produtos e pressiona pelo permanente e acelerado desenvolvimento, reduzindo as oportunidades de inserção de grupos cujo as condições socioeconômicas e cultural não correspondem as condições mais adequadas aos novos modos de produção, fazendo que a tecnologia passasse a ser mais um fator de exclusão social. Hoje cabe a tecnologia criar novos conhecimentos capazes de alavancar o desenvolvimento local e regional inovador, apoiado na sustentabilidade e na inclusão social.
O processo de exclusão de trabalhadores e pequenos produtores rurais não pode ser compreendido apenas pelo estudo dos condicionantes tecnológicos, econômicos e sócias determinados pela natureza do processo de modernização tecnológicos, mas, também deve ser referenciado na análise do processo de desenvolvimento em sua dimensão política e territorial, regional e local.
As disparidades regionais percebidas com relação às pessoas excluídas do processo de desenvolvimento econômico, em geral, e da modernização da agricultura, em particular, materializam-se em torno da noção de ausência de desenvolvimento e da redução de oportunidade contextualizada no ambiente local. Em tal contexto, a dimensão local do desenvolvimento apóia-se na idéia de que a realização do projeto de vida individual dependente, em grande parte do entorno físico ou territorial em que habita. A avaliação periódica e muitas vezes negativa desta relação é responsável, frequentemente , por decisões de migração.
Sendo assim, deve-se ter uma atenção especial das políticas do Estado e do próprio produtor rural, a preocupação em diversificar sua propriedade e cada vez mais compreender o funcionamento dos mercados tradicionais e descobrir os nichos de mercado capazes de absorver os seus produtos. Há necessidade de se encontrar formas e mecanismos organizacionais e institucionais capazes de promover a gestão tecnológica, sendo este um dos principais desafios do processo. Na medida em que, por um lado, a inovaçãotecnológica se constitui em atributos central do novo padrão de concorrência do agronegócio, por outro lado, a tecnologia é adotada como precondição nos modernos sistemas de produção agropecuária, aumentando assim, cada vez mais as barreiras a entrada de novos produtores, impossibilitando muitas vezes a própria permanência de pequenos e médios produtores rurais nesta atividade. Isto vem sendo observado nos modelos de integração de pequenos produtores da região sul do país na avicultura e na suinocultura, no momento em que estas atividades estão sendo transpostas para a região Centro-oeste já em escala totalmente diferente.
A diversificação rural da ao produtor um grande beneficio, onde faz com que fique menos vulnerável as intempéries climáticas como também às oscilações dos mercados de produtos, onde com a monocultura o seu leque de opções esta extremamente restrito a uma única cultura, que em certos momentos pode não ser viável. A diversificação valoriza o espaço das pequenas propriedades rurais e ajuda na maximização do lucro, já que esta pode utilizar a mão-de-obra, quase em sua totalidade, de pessoas que integram a família.
A agricultura vem passando por dificuldades e isto se deve em grande parte a uma política agricola indefinida, deixando os produtores a mercê das intempéries e de preços que não cobrem os custos de produção. O próprio papel do credito rural oficial vem perdendo importância, devido a crescente utilização de formas de funcionamento coordenadas internamente pelo grande sistema agroindustrial.

ARTIGO PRODUZIDO POR GIOVANI MARCOS FANTIN, SOCIOECONOMISTA COM ESPECIALIZAÇÃO EM AGRONEGÓCIO, PROFESSOR UNIVERSITARIO, PRODUTOR RURAL.


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(44) 35681899- 99693848



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