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Uma Sociedade de Senhores e Servos
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Maomé passou a ser o chefe religioso e político dos povos árabes. Com sua morte em 632, o comando político-religioso-militar passou aos Califas = seguidores substitutos. Os fiéis muçulmanos tinham várias obrigações religiosas a cumprir, como a difusão do Islamismo e conversão dos infiéis à crença num só Deus. Utilizando-se desses princípios, os chefes militares e políticos árabes conduziram o povo muçulmano à uma verdadeira expansão territorial e religiosa, originando o Império Islâmico. Esse processo expansionista, foi chamado pelos historiadores de Guerra Santa. Em 100 anos os árabes, conquistaram, a Síria, Egito, Pérsia e Norte da África, estes últimos, subjugados e convertidos ao Islamismo foram chamados de Mouros. Em 711, a expedição árabe atingiu a Europa Cristã, invadindo a Península Ibérica. Os exércitos cristãos derrotados foram para o norte da península. Os muçulmanos tentaram avançar pela Europa Ocidental (Espanha), mas foram derrotados pelos Francos em 732 e não puderam mais avançar pela Europa Ocidental que se manteve feudal e cristã. A partir do século VIII, o grande Império Muçulmano sofreu graves crises que fragmentou-o em diversos estados independentes. No século IX esses estados independentes muçulmanos perderam seus domínios. Na Europa, a resistência Cristã organizou-se a partir da Península Ibérica. Enquanto a maior parte da Europa continuava fechada no mundo rural, do feudalismo, os árabes viviam intensa vida comercial. Negociavam marfim, seda, pedras preciosas, especiarias. Além disso começavam difundir os grupos e povos do Oriente. Transmitiram conhecimentos de álgebra para matemáticos italianos da Idade Média, e o mais importante foi a disseminação do sistema arábico de numeração ( o zero veio dos hindús). Esses novos conhecimentos foram absorvidos pelas regiões conquistadas pelos árabes. As populações nativas se integraram facilmente com os árabes, graças à relativa liberdade religiosa que os mesmos permitiam. Durante os séculos IX e X, os árabes dominavam quase todo sul do Mediterrâneo. Seus barcos atacavam populações cristãs do litoral sul da Europa e seus poucos navios. Isso acabou contribuindo muito na paralisação do comércio na Europa Feudal. Em algumas regiões da península Itálica, onde o sistema feudal não se impôs fortemente, o comércio artesanal não chegou desapareceu completamente. Grandes cidades = Gênova e Veneza conseguiram manter relações comerciais regulares através de rotas marítimas do Mediterrâneo e terrestres com Constantinopla, capital do Império Bizantino, que teve sua origem no Império Romano do Oriente. A antiga cidade de Bizâncio, foi rebatizada de Constantinopla, situada no estreito de Bósforo, que separa o Mar Mediterrâneo do Mar Negro, e as terras da Europa das terras da Ásia. Constantinopla com sua localização geográfica privilegiada, permaneceu como um dos únicos centros distribuídores de mercadorias do Oriente para o Ocidente Cristão durante a Idade Média. O Império Bizantino resistiu à todas investidas islâmicas até o século XV, quando Constantinopla foi tomada pelos turcos. Nos primeiros séculos da Idade Média, o domínio árabe sobre o Mediterrâneo foi empecilho ao desenvolvimento do comércio na Europa Feudal. A partir do século XI, uma série de transformações internas do sistema feudal acabariam levando as populações européias investir contra os domínios árabes no Mediterrâneo e Ásia Menor. Do século XI ao XII a Igreja Católica convocou uma série de expedições militares contra os árabes, baseada no ideal da Guerra Santa, para cristianizar os infiéis e libertar Jerusalém do domínio muçulmano. As Cruzadas, como ficaram conhecidas as expedições cristãs, entraram em contato com culturas orientais e árabes, suas riquezas, especiarias, mercadorias e técnicas e, com a herança deixada pelas antigas civilizações que os bizantinos e árabes souberam conservar e preservar. O contato dos europeus com os árabes através das Cruzadas, foi um dos fatores que aceleraram a transformação da sociedade feudal e fechada da Europa Cristã, numa sociedade que mais tarde se abriria de forma irreversível para o comércio.
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