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Imigração e Colonização parte II
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Imigração e Colonização (continuação)
A permanência do monarca português só servira para contribuir na formação de núcleos de colonos alemães, suíços e açorianos. Com a "Independência", outros governos se seguem e têm a tarefa de continuar no empreendimento iniciado pelo monarca. Mas os problemas também continuavam em relação à imigração européia, em decorrência do clima tropical, considerado desfavorável ao colono europeu, a organização social e econômica pouco atraente que o país oferecia, o regime político vigente no país, onde a liberdade civil não era de total satisfatifação, sem contar com as restrições de ordem religiosa, onde os protestantes sofriam sérios embaraços na sua intenção de aqui se estabelecer, e estes por suas vezes eram os que mais vinham para cá, principalmente alemães. A corrente migratória ainda por muito tempo seria fraca, apesar de o tráfico africano continuar trazendo milhares de pessoas todos os anos. Somente, com as medidas tomadas pela Inglaterra, no sentido de impedir a importação de escravos, diante de uma forte iminência de extinção por volta de1840, é que esse contingente diminuiu. Entretanto, a população já estava instalada como povo brasileiro. Os colonos europeus resistiram à pressão do governo, e foi destes imigrantes as primeiras transformações dentro das sociedades iniciantes do país. Tendo esses, grande disposição para as tarefas necessárias na época, mas sobretudo, e com grande determinação pelo trabalho assalariado. O Senador Nicolau de Campos Vergueiro, grande fazendeiro da época, introduz em sua fazenda de café em Ibicaba( 1847 a 1857),170 famílias de colonos alemães, suíços, belgas e portugueses. Mais tarde, outros lavradores seguem o exemplo. Tal atitude reforça o povoamento, de pessoas que aqui se instalam e procuram trabalhar de modo mais ou menos livre. Os proprietários acostumados a lidar com escravos, não lhes consideravam devidamente e suas condições eram semelhantes às dos escravos, e muitos usavam de má fé para com os colonos. Essa situação não podia ter duração muito próspera, uma vez que os europeus vinham para cá com contratos que não eram devidamente cumpridos. Quando chegavam, seu desapontamento era impressionante, como era assim também a frustração do fazendeiro ao ver o que havia recebido, pois para cá traziam pessoas de todos os tipos e condições de saúde. Fica fácil entender a nossa miscegenação racial e cultural. Na Europa correm notícias do que se passava no Brasil. A opinião pública toma espaço de alarme, e são proíbidas imigrações. Mas de modo geral o mundo sofria as crises e guerras regionais, a vinda de europeus, não parou de todo e hoje podemos avaliar as conseqüências da vinda desses colonos, para a nossa formação étnica, cultural, social e econômica. Cada povo se alocou em regiões parecidas com as de seu país de origem. Os italianos foram indo para o Sul do país. Toda a imigração para o Brasil, é dada para um novo rumo a partir das mudanças internas de cunho político-social. O processo de "colonização" é resevado ao processo inicial de localização dos imigrantes em pequenas propriedades agrupadas em núcleos. O nome dado para esse processo é "imigração subvencionada", tendo olhos atentos dos proprietários que precisam de mã-de-obra para suas fazendas, e os colonos quase nada puderam contra os interessess destes. Os imigrantes que chegavam eram poucos para atender as necessidades dos fazendeiros em suas lavouras de café, em franco e ascendente progresso. Os colonos fixados são simples assalariados. De 1871 a 1886, pouco mais de 30.000 indivíduos chegam ao país. Após a abolição, sobe para 55.000, 133.000, não parando até o final do século. Com as idéias abolicionistas, estes imigrantes serão os maiores incentivadores dos escravos em suas fugas, primando os sonhos de liberdade.
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