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A Evolução da Economia Brasileira
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DEPENDÊNCIA COLONIAL MERCANTILISTA O PAPEL DAS MINAS
As minas resultaram num fator decisivo no período colonial brasileiro, sendo que as de diamante totalizaram no final do período mais de 3 milhões de quilates, numa proporção paralela à do ouro, que no espaço compreendido entre os anos 1680 a 1820, teve uma produção superior a mil toneladas, beirando marca de 1400 ton. A importância do ouro brasileiro é reconhecida no desenvolvimento do capitalismo industrial no Ocidente. Por essa época, o monopólio brasileiro de produção de açúcar já estava se definhando, e o Caribe, devido em parte pelas favoráveis condições geográficas, dispara nesse ramo. Apesar de todas essas riquezas, o Brasil mantinha dupla dependência mercantilista, pois os espaços políticos são truncados e os centros decisórios se encontram em locais fora do país. O político em Lisboa, e o econômico na Inglaterra. Contudo, o aparecimento do ouro brasileiro, desperta um,a nova etapa no capitalismo mundial. Nesse momento a principal produção industrial de exportação de Portugal é o vinho, que não pode oferecer muito mais que uma base frágil. Em meados do séc.XVIII, graças ao ouro brasileiro, a situação das exportações e importações sofre grandes mudanças, embora não seja possível situar dados exatos sobre valores reais comercializados na época, sabe-se que foram números elevados. Uma das principais conseqüências da economia de mineração foi a maior integração do Centro-Sul da Colônia à estrutura administrativa portuguesa. O crescimento da consciência política nacional, acompanhado de outros fatores de expansão nas áreas social e comercial, vai eclodir na tentativa frustrada da Inconfidência Mineira antes do fim do século.
NACIONALISMO E MERCANTILISMO EM PORTUGAL
O nacionalismo e o mercantilismo portugueses passam por uma fase de forte exacerbação, sob o comando autoritário do Marquês de Pombal. Este chega romper relações com o Vaticano por um tempo, move perseguições aos Jesuítas, abole a escravidão em Portugal e suaviza o anti-semitismo tradicional na legislação lusa. Pombal governa durante um período de constante crise econômica, devido a enormes gastos da Coroa Portuguesa e outros fatores que não favoreciam o crescimento econômico de Portugal, que comprava no exterior quase todas as mercadorias de que necessitava, e por isso em pouco menos de meio século perdeu condição de nação rica. Foram grandes os esforços para estabelecer indústrias no país, mas o resultado não foi satisfatório. Enquanto isso nos países onde a burguesia era forte, os reis, foram levados a adotar uma série de medidas para promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado. O conjunto dessas medidas adotadas, pelos diferentes governos, para aumentar a riqueza e o poderio nacionais, recebeu o nome de MERCANTILISMO. Este por sua vez, constituiu na intervenção do Estado na economia e esteve presente em diversos países europeus durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Pombal teve verdadeira obsessão por grandes companhias de comércio de caráter monopolístico e as reformas administrativas adotadas por ele, entre estas, a mudança da sede do governo, de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro, em 1763, foi de grande importância para o governo português. Pombal criou duas novas companhias para o comércio da Colônia, a do Grão-Pará e Maranhão, ambas com monopólio de todo comércio, exceto o de vinhos, que coube à Cia. Geral do Alto D'Ouro. A Cia. do Grão-Pará,obteve algum êxito e distribuiu dividendos até 1774. A decadência da produção aurífera, acentuada a partir de 1780, gerou efeitos muito semelhantes aos que resultaram na decadência da produção doe açúcar, no final do século XVII. As companhias de mineração atravessavam seus últimos instantes de glória e a pressão no sentido da liberdade dos negócios, extinção de monopólios e privilégios, a descentralização do sistema decisório econômico, começara a tornar-se intensa nos países europeus mais avançados, e Pombal tenta ainda, reviver o sistema expansionista, alimentando idéias de nacionalismo e eficiência. A política mercantilista colonial seguiu seu curso restritivo regular e foram proibidas as fábricas, exceto a de tecidos grosseiros para roupas dos escravos. O que resistiu foi uma unidade nacional que distinguia o Brasil das possessões espanholas da América. Fruto disso é a iniciativa de produzir ferro em São Paulo, com objetivos militares. Mais tarde isso também vai acontecer em Minas Gerais, com os estudos mandados fazer por volta de 1780. Foi de forma paralela à fase de demanda inflacionária que chega o fim da época colonial. De modo, que enquanto se processava, com intensidade cada vez maior, a exploração colonial, criavam-se na Europa as condições específicas da dinâmica econômica, que iam provocar modificações profundas e radicais na estrutura de certos países, e na própria história da evolução humana.
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA / INDEPENDÊNCIA POLÍTICA - TRANSIÇÃO 1808-1860
Este período denominado TRANSIÇÃO, caracterizou-se tal qual o período anterior, de grandes modificações ocorridas nos países da Europa, que ofereciam forte domínio às colônias. As guerras napoleônicas abalaram os ANCIENS RÉGIMES, e os burgueses iam adquirindo importância e riqueza cada vez maiores, principalmente depois da expansão industrial e comercial. Para o Brasil, o ponto marcante foi a vinda da Família Real em 1808, fugida de Lisboa, devido a esse fato obteve a elevação à condição de REINO UNIDO.
REFORMAS MODERNIZADORAS : D. JOÃO
D.João considerado como o primeiro desenvolvimentista da América latina, devido sua gestão de traços surpreendentes de modernidade. A política liberal iniciada com a abertura dos portos é, então, revolucionária por confrontar com as práticas mercantilistas e com a tradição administrativa e colonial da Metrópole portuguesa. Isso constituiu o primeiro momento de independência política da colônia.
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