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TEORIA DO ESTUDO ?TEMPOS MODERNOS? DE TAYLOR


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Taylor desenvolveu uma análise do trabalho realizado pelos operários e desenvolveu um estudo dos tempos e movimentos (motion-time study), que permitiu a racionalização dos métodos de trabalho do operário e a fixação de tempos padrões para a execução de cada tarefa. Em sua primeira obra, Shop Management, Taylor estabelece que toda a operação fabril pode e deve ser um processo padronizado e planejado de modo a eliminar todo e qualquer desperdício de esforço humano e de tempo. Esse estudo permitiu também uma maior especialização das atividades e uma maior adequação de cada operário à sua atividade. As normas de atuação no trabalho passaram a ser mais claras e detalhadas e o empregador obteve maior controle sobre o desempenho do operário. Todas as atividades eram divididas em tarefas e ensinadas aos empregados, surgindo então a idéia de treinamento. A partir dessa análise e sistematização, Taylor desenvolveu uma Organização Racional do Trabalho, que consiste no estabelecimento da melhor forma de se desenvolver cada operação fabril, ou seja, do método mais eficiente para executar a(s) tarefas(s). Essa organização estabelecia uma divisão de responsabilidades: a gerência fica com o planejamento das atividades, a supervisão é responsável por repassar o planejamento e controlar a execução e o operário fica a execução pura e simples das tarefas. Com isso, começa a se delinear uma estruturação mais sistemática do gerenciamento das organizações, aliando princípios militares e de engenharia. Basicamente, Taylor separou o trabalho mental, que seria responsabilidade da gerência, do trabalho físico, de responsabilidade do empregado. Para descrever as atribuições da gerência, Taylor estabeleceu quatro princípios: do planejamento, do preparo, do controle e da execução. Dentro do princípio do planejamento, a gerência deve substituir o empirismo das operações fabris por métodos baseados em procedimentos científicos. Para isso, devem ser analisadas as tarefas executadas pelo operário, decompondo-as em movimentos elementares e estabelecendo o método mais eficiente de desenvolvê-las. No princípio do preparo, devem ser selecionados os trabalhadores de acordo com as características necessárias para o desempenho de cada tarefa, prepará-los e treiná-los para que desempenhem o trabalho com a máxima eficiência possível. O equipamento necessário e os materiais utilizados também devem estar dispostos de forma a evitar desperdícios de esforço e tempo. O controle é estabelecido para garantir o cumprimento das normas estabelecidas pelo planejamento na execução das tarefas, buscando sempre corrigir, aperfeiçoar e premiar os níveis de eficiência e produtividade alcançados. E por fim, a gerência deve distribuir as atribuições de cada um no processo fabril e repassar as responsabilidades, de acordo com o princípio da execução. Como decorrência da aplicação dessas idéias, ocorre uma divisão do trabalho onde cada operário realiza uma única tarefa predominante, de forma repetitiva e predeterminada pela gerência. Assim, o trabalhador passa a ser cada vez mais especializado a desenvolver apenas uma parte do trabalho total. Isso fazia com que o operário produzisse mais e a empresa tivesse maior controle sobre seu desempenho. Ao contrário do artesão, que tinha visão e controle do produto final, o operário especializado só conhece a tarefa que desempenha. A motivação do operário, segundo Taylor, eram as recompensas materiais obtidas pelo aumento da produtividade. A partir do conceito de homo economicus, a Administração Científica estabelece que o pagamento do trabalhador deva estar relacionado à sua produtividade para que ele desenvolva o máximo de produção de que é fisicamente capaz. O operário era visto como um indivíduo "limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das empresas" (CHIAVENATO, 1993, p.73).


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