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O IMPULSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 1946-61.
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O IMPULSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 1946-61. 1)O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL E SEU PAPEL NA ECONOMIA Dentro do modelo industrial o Brasil deu maior ênfase ao seu processo de substituições de importações. Logo após a segunda guerra mundial o país ainda continuava com déficit em seu balanço de pagamentos, devido ao baixo volume de exportações de produtos primários e estes por sua vez obtinha um lucro cada vez menor, fato esse que levou as conseqüências de desestimulação da parte dos exportadores. O Brasil típico de um país agro-expotador sentia sua economia afetada diretamente com as exportações em declínio. Mais paralelamente a este cenário as importações aumentava-se em grandes proporções principalmente as de bens de capital e de combustíveis. Este fato se deu principalmente porque o país necessitava de suprir sua demanda por bens manufaturados, o país passaria agora a produzir bens manufaturados que até então eram importados, dando continuidade ao processo de substituições de importações. 2) O MERCADO MUNDIAL PARA AS EXPORTAÇÕES TRADICIONAIS DO BRASIL NA DÉCADA DE 1950. O comércio das exportações do Brasil, havia perdido consideravelmente grande fatia do mercado devido ao alto preço de café, que nesta época o país dominava o comércio mundial do produto, fato esse que estimulou outros países a produzirem este bem. Estudos feitos por especialistas observavam que o aumento da elasticidade renda diminuía o consumo de bens primários e por outro lado induzia a um aumento por bens manufaturados, de olho neste cenário fica evidente que o país precisava urgentemente acelerar seu processo de industrialização. 3) OS ANOS PÓS-GUERRA Quando o Brasil conseguiu alavancar seu processo de industrialização ocorreu uma queda brusca nas importações, este panorama propiciou um incremento nas exportações em que partes dos lucros, eram utilizados para reservas de câmbio. O governo com o intuito de promover a facilitação das transações comerciais liberou o regime de câmbio. No entanto o efeito colateral com a liberação do regime cambial ocorreu que as importações aumentaram disparadamente em frente às exportações, o que ocasionou um impacto inflacionário devido às políticas de manutenção de preços baixos em que o governo utilizava-se das reservas cambiais, esse mecanismo refletiu diretamente na desvalorização da moeda local. 3) CONTROLES DE CÂMBIO Com o objetivo de conseguir controlar as importações o governo adotou um regime de licenciamento de alguns produtos se fossem de necessários para o país. Durante este regime o governo teve um considerável equilíbrio no balanço de pagamentos, mas a pressão por moeda estrangeira e a burocracia em se obter licenças atrapalhava o crescimento e desenvolvimento da indústria. Todavia o sistema fracassou devido aos abusos e a corrupção. 4) O SISTEMA DE CÂMBIO MÚLTIPLO Para facilitar suas transações comerciais o governo adotou um sistema de câmbio mais flexível. Este tipo de sistema visava estimular as exportações e diversificar o seu mix de produtos. Os ganhos oriundos das exportações deveriam ser negociados ao câmbio oficial, um verdadeiro balde de água fria nos exportadores que não se estimulavam em exportar por causa do fato de que o dólar estava cotado acima do câmbio oficial. Porém o governo foi mais longe e criou mecanismos de leilões com taxas diferenciadas para cada tipo de produto importado, mecanismo esse que promoveu o aumento de receitas do país. 5) MUDANÇAS NOS CONTROLES CAMBIAIS Para não atrapalhar o processo de industrialização do país, o governo manteve uma taxa de câmbio baixa para facilitar o desenvolvimento do país. Sozinho esse fator não era suficiente para solucionar os problemas do balanço de pagamentos, mas sim uma ferramenta essencial para propiciar a industrialização. No entanto seria necessário atrair investimentos estrangeiros diretos. O sistema beneficiaria as empresas recém-ativadas com medidas de incentivos fiscais, proteção de mercado, mas para isso seria necessários estudos para avaliar se o empreendimento era vantajoso para o país. 6) REFORMA CAMBIAL Nesse sistema o governo elevou a taxa de câmbio de custo das importações para tentar diminui-las, paralelamente implantou taxas de impostos compulsórios dos importadores em que os mesmos ficavam sujeitos a adquirir títulos do governo por um determinado período. A medida estendeu-se aos exportadores de café, esses depositavam uma parte do valor da saca para o governo para compensar o apoio financeiro da superprodução financiada anteriormente.
7) PROGRAMAS DE INCENTIVOS ESPECIAIS Sem dúvida o programa de incentivo a produção industrial automobilística foi o mais bem sucedido durante o processo de industrial no Brasil. O fator determinante para este sucesso deu-se graças ao intervencionismo do governo, que proporcionou financiamentos com recursos do BNDE, e concedia vantagens para as empresas importarem insumos necessários para a implantação e produção do setor automotivo. O sistema dava incentivos as empresas brasileiras para produzirem componentes de peças automotivas, o que e garantiu reserva de mercado para as empresas estrangeiras instaladas no país.
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