|
|
Página Principal : História
Economia Internbacional, teoria e política - Capítulo 19
Publicidade
A primeira crise do Petróleo. A guerra entre Israel e os paises árabes em 1973 desencadeou uma serie de fatos que relacionados, levaram a economia mundial a uma amarga recessão. O aumento do preço do petróleo, causado pelo embargo dos paises da OPEP a exportações, criou um ambiente macro econômico simultâneo ao aumento desenfreado de impostos sobre consumidores e empresas. Com o consumo e investimentos diminuídos, a economia mundial entrou em queda. Estes fenômenos agrupados geraram um momento denominado pelos economistas de estagflação, onde havia uma estagnação brusca da economia e inflação extremamente elevada. Este momento ruim da economia mundial durou até 1975, quando a maioria dos governos dos países industrializados adotou políticas expansionistas, gerando crescimento monetário e equilíbrio interno e externo, com a ajuda de empréstimos de grandes fundos, financiados em parte pelos países da OPEP.
A segunda crise do petróleo (1979 ? 1980). A queda do xá do Irã em 1979 desencadeou uma segunda crise do petróleo, com a paralisação das exportações daquele país, um dos maiores produtores da economia mundial, o preço do barril de petróleo foi às alturas novamente, abalando significativamente a economia mundial. As atitudes tomadas pelos países industrializados durante a segunda crise foram muito diferentes das tomadas anteriormente. Com economias crescendo vertiginosamente, a solução foi criar ambientes de recessão monetária para conter a inflação que se elevava junto com os preços dos derivados de petróleo. O resultado foi o aumento do desemprego, que chegou a atingir a casa dos 10% na Inglaterra e Canadá em 1982.
O aumento da taxa de juros dos EUA. Após 1981, a economia mundial passava por um período de suspense, com desemprego elevado, porém com a inflação controlada. O governo americano buscava uma reabilitação do dólar frente ao mercado de cambio mundial, e iniciou uma política de elevação da taxa básica de juros, o que incitou certa confiança no mercado, que iniciou a elevação do preço do dólar a nível mundial. Fato é que ao desestimular sua economia, os americanos exportavam o processo inflacionário para outros países, conseguindo assim diminuir os números de sua própria inflação pelo desestimulo do consumo. Esse processo de contração da economia americana desencadeou uma crise ainda maior na economia mundial.
Políticas de reabilitação. Após a eleição do presidente Reagan, houveram algumas tentativas de estimular a economia interna, oferecendo incentivos fiscais para a economia, cortes de gastos do governo e outras atitudes expansionistas. Essas políticas geraram um imenso déficit no orçamento americano. Com todo esse movimento, países como Alemanha e Japão também tiraram proveitos deste crescimento, encorajado pela valorização cambial do dólar, no entanto, o crescimento destes e de outros países industrializados ainda era bem abaixo dos padrões históricos.
Desvalorização do dólar. Em 1985, a grande valorização do dólar já criara situações complicadas para as economias industrializadas, a ponto de em uma convocação do G-5, acordar-se que todos os países componentes deste grupo uniriam esforços para a desvalorização do dólar frente ao mercado mundial. Em 1987, em uma reunião do G-5 em Paris, estes países, conscientes do funcionamento de seus mercados, acordaram faixas cambiais por onde o preço do dólar poderia variar sem que houvessem maiores problemas. Ainda em 1987, essa situação de calmaria temporária foi abalada por uma brusca queda de Wall Street, estimulada pela desaprovação da elevação da taxa de juros alemã. A maioria dos mercados mundiais acompanhou a queda, gerando um momento de tensão econômica mundial. Autoridades americanas chegaram a autorizar a desvalorização cambial do dólar muito além das bandas estabelecidas em Paris, buscando manter um equilíbrio entre contas internas e externas.
Lições após a crise de 1973. A economia mundial tirou várias lições apos sofrer com os períodos de crise das décadas de 70 e 80, mas nenhuma delas tão forte e clara como os benefícios que foram trazidos pela flutuação do câmbio. Foi possível aprender como amenizar os efeitos das crises utilizando-se das taxas de câmbio como moderadores de políticas econômicas. Foi um período de grande aprendizado para os bancos centrais, que puderam praticar diversos tipos de políticas na busca de um modelo ideal para cada país. O sistema flutuante de taxas de cambio passou a ser utilizado como um estabilizador automático das políticas monetárias. Os Bancos Centrais se utilizavam das bandas cambiais pré-estabelecidas para encarecer ou depreciar suas moedas frente ao dólar, e assim acelerar ou frear o consumo e a inflação doméstica.
Pode-se observar com o decorrer da história econômica mundial a partir de 1973 que nenhum dos sistemas (Cambio fixo ou flutuante) é perfeito. Cada um possui seus prós e contras, no entanto, em um momento de transição, onde a informação começava a percorrer mais rapidamente por entra as economias e a globalização dava seus primeiros passos, era extremamente necessário se precaver de possíveis crises mundiais. O sistema de cambio flutuante é o que melhor se adaptou a um ambiente de instabilidade, criado na economia mundial após as crises do petróleo. Os dois sistemas possuem grandes lacunas no que se refere à abertura á ataques, principalmente o regime de cambio flutuante à ataques especulativos. Fato é que as crises proporcionaram grandes avanços na economia mundial, que passou a observar mais os sinais de crises e a conviver com ambientes inseguros sem perder de rumo as políticas monetárias de cada país.
Veja mais em: História
Artigos Relacionados
- Desenvolvimento Econômico
- A Economia Cafeeira De Livre Mercado
- A Economia Cafeeira De Livre Mercado ( Parte Ii)
- Rumo Ao Abismo Econômico-1ª Parte
- 2008 NÃo É O Fim Do Mundo - Brasil EstÁ Forte Para Enfrentar A Crise Da Economia Mundial
- Juros Elevado, Apreciação Cambial E Baixo Crescimento
- Rumo Ao Abismo Econômico-2ª Parte
|
|
|
| |