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formação economica do brasil cap xx
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Cap. XX ? Gestação da Economia Cafeeira As possibilidades d crescimento da colônia foram que os efeitos da Revolução Industrial se manifestaram em aumentos do consumo de bens e serviços sem que afetasse a estrutura do sistema produtivo. O Brasil para superar a etapa da estagnação necessitava do comércio internacional, pois o desenvolvimento no mercado interno só é possível se o país alcançar um certo grau de tecnologia. Além disso, os principais produtos coloniais do país estavam em crise. O mercado de açúcar não era tão promissor devido a concorrência de Cuba, que abriu seus portos e se tornaram o principal exportador para o mercado norte-americano, e Cuba desfrutava de fretes baixos. O algodão também estava em crise devido a concorrência americana, que contava com fretes baixos, com mão-de-obra escrava abundante e com grande oferta de terras. Quando os EUA iniciaram a produção do algodão em grande escala e o tornaram na principal matéria-prima do comércio mundial, os preços baixaram, e essa atividade no Brasil passava a ter uma rentabilidade baixa. O fumo, o couro, o arroz e o cacau eram produtos sem grandes possibilidades de expansão. O fumo entrou em crise pelo declínio do tráfico negreiro, e era necessário orienta-lo para outras regiões. O país enfrentava sérios problemas fiscais, pois como os principais produtos estavam em crise não era possível aumentar a arrecadação de impostos sobre as exportações, não tinha como aumentar as receitas do Estado para equilibrar suas contas internas e externas, e não havia margem para aumentar a arrecadação, pois os impostos incorriam sobre as importações. A solução do problema brasileiro era encontrar um produto com demanda crescente no mercado externo, e que utilizasse os recursos disponíveis, como terras abundantes, mão-de-obra disponível, clima favorável, solo apto para o plantio, e assim, surge o café. A expansão cafeeira deve-se aos recursos disponíveis e tem importância comercial quando há alta de preços em razão da desorganização da produção do Haiti. O determinante para a expansão cafeeira foi o preço, que se tornou atrativo. Essa expansão foi seguida por um período de preços baixos, entre as décadas de 1930 e 1940, e mesmo com o declínio dos preços a produção continuou crescendo. A etapa da economia cafeeira faz surgir uma nova classe de empresários, que será organizada e que expande a produção de café, uma nova classe de comerciantes e produtores que lutam por seus interesses. Nessa época, o problema do café passa a ser problema nacional, pois percebem que podiam ter o governo como instrumento da ação econômica. A produção era realizada de modo predatório, pois com o tempo o solo se esgota, os produtores abandonam essas áreas e iniciam a produção em outras, fazendo novas derrubadas de matas, novas destruições. As técnicas são precárias, apenas requer enxadas, rastelos, peneiras, trabalho manual, transporte de força animal. O café surgiu para que o Brasil reintegrasse ao comércio mundial, sendo capaz de autofinanciar sua expansão, e só restava resolver o problema de mão-de-obra.
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