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Empresas sem dono
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EMPRESAS SEM DONO Artigo da revista Exame, editora Abril, edição 860, nº 02, ano 40, fevereiro 2006
Com quase dois séculos de atraso, um traço cultural do capitalismo brasileiro vai aos poucos, entrando na era das EMPRESAS sem dono, ou seja, o controle das empresas é dividido entre centenas ou milhares de acionistas. Esta mudança deverá significar uma alteração importante no perfil dos negócios brasileiros.Como exemplo, temos os Estados Unidos que desde 1813 adotou esta prática. Hoje, quem controla uma empresa de capital aberto detém, em média, 20% do total de ações. É uma realidade bem diferente da brasileira. Uma pesquisa realizada em 2005, pela Coppead, a escola de negócios da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostrou que 90% das companhias nacionais com capital aberto em bolsa têm um único controlador e, em média, esse dono possui 76% do capital.Há vantagens para as empresas que pretendem adotar a pulverização de seu capital. A principal vantagem desse tipo de negocio é a captação de recursos a custos relativamente mais baixos. Trata-se do mesmo benefício proporcionado às empresas que decidem abrir o capital em bolsa.A mudança do controle acionário implica em diferenças importantes na forma de administração das empresas que assim optarem. Por exemplo, o presidente de uma dessas empresas tem apenas como preocupação demonstrar os aspectos financeiros, ou seja, o resultado sobre a rentabilidade, tendo um conselho de administração que fiscaliza dia-a-dia tudo o que se faz. A erradicação do controlador solitário pode ajudar a atrair mais investimentos para as bolsas brasileiras, pois, a falta de confiança nesse tipo de administração é um entrave para investimentos.
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