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Risco País Para Leigos
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Risco Brasil - Entendendo Seu Significado revisado em 23/03/2007 Qual o significado deste número para a economia ? A quem interessa este número ? Manchete dos jornais em junho de 2002 " Risco Brasil" chegou aos 1.770 pontos, atrás apenas da Argentina com 5.942 pontos. Risco-Brasil em 4 de março de 2005 , 381 pontos. 23 de marco de 2007 - Risco-país vai a 175 pontos, menor nível da história. Qual o significado deste número para a economia? A quem interessa este número ? Risco-país em níveis baixos representa maiores facilidades e custos menores quando empresas e governo captam recursos no mercado internacional, quanto menor este número, maior é o grau de confiança na capacidade do país honrar seus compromissos. O termo risco-país foi criado em 1992 pelo banco americano JP Morgan Chase para permitir, a seus clientes (investidores), tomar a decisão de investir ou não em determinado país. É um número que mede o nível de desconfiança ou risco dos mercados financeiros em relação aos países emergentes , o Brasil é um país emergente. O risco-país sinaliza para o investidor a capacidade do país honrar ou não seus compromissos. Quanto mais alto for este número, maior será a possibilidade deste país vir a dar um calote na dívida. Isto afasta os investidores, logo o país terá de oferecer juros mais altos para convencer os investidores a comprar seus títulos - é um prêmio pelo risco. Este indicador associado a outros fatores, sinaliza para gestores de fundos a tomarem a decisão de investir ou não, em um determinado país. O risco-país que tem a denominação de índice *Embi+ e tem abragência para 21 países: México, Argentina, Nigéria, Venezuela, Colômbia, Rússia, Turquia, Ucrânia, Peru, Filipinas, Panamá, Polônia, Malásia, Coréia do Sul, Bulgária, Qatar, Equador, África do Sul, Marrocos e Egito e Brasil. *Emerging Markets Bonds Índex, ou Índice de Títulos dos Mercados Emergentes Se, quanto menor for o número do risco-país, maior é a confiança na capacidade deste país honrar seus compromissos, isto leva os investidores internacionais a utilizarem os títulos do tesouro americano como aplicação de referência, por ser o mais seguro do mundo, ou seja risco zero. A taxa é medida em pontos e calculada a partir de uma cesta de títulos negociados nos principais centros do mercado financeiro mundial. Cada ponto significa 0,01 ponto percentual de prêmio acima do rendimento dos papéis da dívida dos EUA, considerada de risco zero de calote. Ao dar 175 pontos a um país , taxa alcançada pelo Brasil em 22/03/2007, o mercado mostra que para assumir o risco com os títulos emitidos pelo Brasil, para o investidor estrangeiro, só compensaria os riscos, se negociados a uma taxa de 1,75 pontos acima de um título do tesouro americano que estão pagando nesta data 5,25%. Um dos motivos que leva a queda do risco-país, alem da confiança no país, é o fato de que o fed (banco central dos EUA) já estar sinalizando que pode reduzir os juros num futuro próximo, fato este que leva o investidor a comprar títulos de países emergentes, buscando lucrar mais, devido aos juros maiores que o dos títulos americanos. A procura por títulos do Brasil provoca a redução do risco-país. No caso brasileiro , tem como base um conjunto de títulos que circulam no mercado secundário da dívida externa brasileira, com destaque para o título do governo, o " C-Bond", que foi emitido até 2004, sendo substituido pelo Global 40. Exemplo Vamos considerar um título americano de 30 anos ( T - Bond ) com juros de 5,25% ao ano, logo o título equivalente brasileiro ( C-Bond ) para ser negociado no mercado internacional teria de pagar juros de no mínimo 7% ( 5,25 + 1,75=7% ) ao ano, em dólar, naturalmente. O Real (R$) ganha mercado A Partir de setembrode 2005 o Tesouro Brasileiro passou a emitir títulos externos em reais, em setembro de 2005, vendendendo o equivalente a US$ 1,5 bilhão nesses títulos com vencimento em 2016. Já em setembro do ano passado, foram emitidos mais US$ 750 milhões, com vencimento em 2022. Essa captação foi reaberta em outubro (US$ 300 milhões) e dezembro (US$ 346 milhões). Ao comprar esses papéis, não significa que o investidor terá que comprar reais para realizar o pagamento. No dia da liquidação da operação ele pagará em dólares o equivalente em reais ao valor comprado. O mesmo irá ocorrer no vencimento dos títulos. A última captação feita pelo Tesouro ocorreu em janeiro de 2007 e somou US$ 500 milhões. Os papéis com vencimento em 2037 (Global 2037) foram emitidos com uma taxa de retorno ao investidor de 6,635% ao ano, até a data do vencimento. Na prática significa tomar dinheiro emprestado, com a promessa de pagar em 30 anos, pagando a cada ano, juros de 6,635%. Se no entanto ocorrer algum disturbio na economia mundial ou no país e o investidor que tem a posse destes títulos desconfiar que estão diminuindo as suas chances de receber no prazo, não só os juros anuais, mas também o seu valor principal da dívida , para reduzir seu prejuízo ele se desfaz deste título no mercado privado internacional por um valor inferior, o que significa a desvalorização do título , levando ao aumento do risco-país. Por sua vez , o comprador do papel, sabendo o risco que corre, só compra se houver um deságio (desconto ) por conta do risco que irá correr, e o índice esta sinalizando que o desconto mínimo do valor da face deverá ser de 1,75%. Nos mercados internacionais, a baixa da taxa de risco é atribuída ao novo quadro da economia brasileira, desenhado pelos indicadores econômicos. entre eles, o resultado do PIB - (Produto Interno Bruto). PIB - Produto Interno Bruto, é a somatória dos bens e serviços produzidos pelo país durante o período de um ano. PIB de 2006 cresceu 2,9%, ainda calculado pelo método antigo. O recorde do índice risco Brasil ocorreu na 1a semana de outubro de 2002, com a perspectiva da eleição do Lula para a presidência, quando alcançou 2440 pontos. Bibliografia: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2303200724.htm Folha Online e Folha de S.Paulo - 03/12/2004 Folha dinheiro. Folha de São Paulo, 15 de jun. 2002, p.B1 ---------------------- Folha de São Paulo, 26 de jun 2002, p.B1
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