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Página Principal : Antropologia
De Braços Abertos - Final
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X- Animais e Nações
A Europa (sobretudo a França) e seu grande bastardo, os EUA, são animais esfaimados. As carnes escuras do mundo, as terras quentes do globo, são os alvos de suas sanhas sempiternas.
Enojo-me, não com isso, que é histórico e em certa medida, imutável, mas com o desprezo que sentem por essa mesma carne escura e torrão ensolarado que cobiçam com ganas de um usuário de crack!
Todas essas fantasias necrófilas e canibalísticas que inventam, tem uma única razão de ser: justificar a baixeza, a incapacidade, a desumanidade e subserviência dos devorados, ou seja, nós, os mestiços repugnantes moradores dos lugares quentes do planeta...
Ainda assim, os piores mesmos, são os intelectuais indigentes que disfarçam esse espírito com discursos caritativos, de admiração basbaque pelo exotismo capenga que fingem enxergar, vestidos de desbravadores civilizados diante da barbárie sórdida e colorida, que justificam suas ingerências, palpites, idiotices e mentiras deslavadas através de bobagens tectônicas e falsas a não mais poder. A nossa 'intelligentsia' não fica atrás... Porém, devo confessar que a dialética dos lobos é mais genial e elaborada, ao passo que a nossa é uma cópia, muito, muito modesta (diria uma cópia de mimeógrafo a álcool, lembra disso?)... A França é uma loba obesa, fedorenta e sempre faminta; a Inglaterra é um Pitt Bull glutão, sebento e rancoroso; a Espanha é uma áspide doente, terrivelmente má, que não se cansa de atacar a si mesma e aos outros; Portugal não passa de um modesto, horrendo e venenoso escorpião, sem forças de sair de dentro da toca decadente; a Itália é uma ave de rapina decrépita, bufona, caduca e ineficiente; a Alemanha, um javali repugnante, assassino, tirânico e hidrófobo que cedo ou tarde sai da floresta mofada para produzir destruições apocalípticas... E os EUA? Bem, acredito-os bem parecidos com um basilisco gordo, fanático, nauseabundo e ferido, mas mais mortal do que nunca... Quanto rancor, não? Bem, isso é a única coisa que me resta, já que sou também comida de canibal, objeto de posse dos necrófilos de pele clara e alma suja...
A América Latina e o Brasil, principalmente, parecem-se mais e mais com uma vaca prostrada, que já não vai mais produzir leite, aproximando-se rapidamente do abate... Entretanto, permitem-se abater com um sorriso beatífico de louco, de louco da aldeia global, achando em sua eterna passividade suicida, que sendo vaca, é mister ser ordenhada até o esgotamento do sangue e servida em um grande banquete, onde as feras não só a degustarão, como celebrarão sua imbecilidade voluntária com arte e reflexões bonitas... E dizer que na absurda e andrajosa Índia, a vaca representa a cosmovisão...
Não me venha, entretanto, com as fanfarronadas de Castro, Chávez, Morales ?et caterva? como redescoberta e resistência do espírito libertário das terras ao sul do Rio Grande... Estes, mais do que nunca, confirmam o quão deprimentes e ridículos nós somos...
Elogiar a favela e o traficante, celebrar a felicidade dos condenados, são recursos usados à exaustão, mas que parecem ainda funcionar. Vamos fazer um 'favela movie' ou uma 'ode ao traficante'? Talvez a gente consiga morder algo dessa camarilha...
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