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De Braços Abertos - Primeira Parte


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?Erro de português: Quando o português chegou debaixo duma bruta chuva vestiu o índio! Fosse uma manhã de sol o índio tinha despido o português.? (Oswald de Andrade)

I ? O Passeio Noturno de Freud

Ao anoitecer Freud perambulava pelas ruas de Viena. Parava diante de cada monumento e se perguntava quais eram os limites da Psicanálise? É possível ?psicanalisar? uma obra de arte? Uma sinfonia? Um romance e uma poesia? Pode uma obra de arte ser compreendida como sintoma de um ego atribulado em busca eutimia?

II- O Grito

No final do século XIX Münch pintou o quadro ?O Grito?. Gritava profetizando os horrores do século XX: campos de concentração, bomba atômica, devastação ambiental e o triunfo da depressão.

Talvez o século XX tenha começado na última pincelada que Münch deu em sua obra prima.

III- Enterrar os Mortos

Há 40 mil anos a.C. os hominídeos começaram a pintar nas cavernas cenas do seu cotidiano. O Homem de Neandertal já fazia uso da cor e enterrava seus mortos acompanhando os corpos com flores e os instrumentos de pedra; nas sepulturas primitivas registram-se memórias.

IV- Símbolos

Nesse momento surge a capacidade de simbolizar e abstrair, e os triunfos máximos da evolução humana serão a linguagem e ampliação do campo visual, decorrentes da postura ereta. Talvez a necessidade da arte seja para esquecer que somos finitos.

IV- Quinta Sinfonia de Beethoven e Futebol

O Homem é um animal que faz símbolos e através deles comunica-se com eficácia, mas também transmite sentimentos e ideias complexas. Diante do desenho da caveira sabemos que lá há risco de morrer. O primeiro movimento da Quinta Sinfonia de Beethoven sugere que é o destino que nos bate à porta e a angústia mostra seus tentáculos.

No futebol diversos times simbolizam seus atributos com animais: Palmeiras, papagaio e porco; Santos, baleia; Corinthians, gavião; Flamengo, urubu; Juventus, papagaio; Sport Recife, leão; Ponte Preta, Macaca, entre outros.

O que significa tudo isso? Por que atribuir poderes aos animais? Pomba da paz e galinha preta para macumba e ainda tem o bode...

V- Maravilhas do Mundo

Aqui no Brasil os estrangeiros entram, são reverenciados, bem tratados, compram extensas terras e praticam todo o tipo de biopirataria, um dos casos mais antigos é a borracha, ocorrida há 100 anos, quando as melhores sementes de seringueira foram roubadas por Henry Alexander Wickham e depois replantadas na Malásia, quebrando a próspera economia gerada pelo ciclo da borracha.

Qual é o nosso símbolo maior? Cristo Redentor de braços abertos! Pode aqui entrar e fazer o que quiser. Nos EUA, a Estátua da Liberdade tem uma tocha na mão: vem aqui que eu te queimo! Lá o estrangeiro não faz o que quer!

VI- Outros Símbolos Urbanos

Na busca de inspiração muitos artistas plásticos e fotógrafos se reportam às favelas e palafitas é a poesia na miséria e na falta de saneamento básico, vêem nos mosaicos de casebres uma nova estética: a miséria da miséria! Estrangeiros se fascinam com essa chaga urbana onde todos são vítimas do descaso político.

Jornalistas, fotógrafos e sociólogos de outros continentes, tão equivocados com questões sociais que não lhe pertencem e com a necessidade narcisística de visibilidade na mídia televisiva, nutrem-se porcamente da tragédia que é o crime organizado, o tráfico de drogas, o sequestro, a pirataria e o jogo do bicho. Estes imbecis com anel de bacharel escrevem livros, teses e reportagens em tom de fascínio e elogio para o poder paralelo e nem sabem o quanto sofrem as mães que perderam seus filhos para traficantes e o imenso custo social que é recuperar um jovem drogado.

Seria o poder paralelo, as favelas, o carnaval, o futebol e o corpo farto de seios e bunda da mulata nossos símbolos culturais ao lado do Eterno Senhor de Braços Abertos? Aqui passo a palavra para o historiador Prof. Flávio Landolpho.


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